O São Paulo, como o site do LANCE! publicou nesta sexta-feira, esperava que Michel Bastos já estivesse apresentando melhor futebol após conversa que garantiu sua permanência. A diretoria considera que deu todo respaldo e estrutura para o meia se recuperar física e psicologicamente após agressão de torcedores. Mesmo assim, o diretor-executivo Marco Aurélio Cunha tenta evitar que a pressão recaia sobre ele.
– A segurança eu dou, a progressão é dele. Se não responder, será substituído. Não tem represália. Sem culpados, nem represália. Se o desempenho for abaixo do combinado, será substituído como qualquer outro. É do treinador. Meu papel foi deixá-lo trabalhar, reintegrá-lo – explicou o diretor-executivo Marco, em entrevista ao site do LANCE!.
– Meu papel é dar condições de trabalhar. O resultado depois eu interpreto com a comissão técnica - completou o dirigente.
Apesar do apoio, Michel Bastos continua questionado. Entre uma atuação irregular e xingamentos da torcida, saiu da Ilha do Retiro sem falar após o empate com o Sport na última quarta-feira. Não disse nada e passou pelo aeroporto de Congonhas calado na manhã da última quinta-feira. Um jogador sem confiança é como um carro sem combustível, o que só piora sua situação em um time pressionado.
O São Paulo se preocupou com o estado psicológico do meia, agredido na invasão de torcedores ao CT da Barra Funda no fim de agosto. Temia que o momento instável contaminasse os atletas que trabalham com ele. Mas agora, com a temporada comprometida com o risco de queda e todo suporte proporcionado, há certa decepção do clube por Michel não ser a personificação da reviravolta do time.
De 28 de agosto até aqui, o camisa 7 disputou somente quatro jogos, alternando semanas para preparação física em campo e tratamentos no Reffis. Contra o Sport, chegou a sair com a estatística a seu favor pela assistência a Thiago Mendes, mas as comparações com outros jogadores agredidos na invasão pesam contra o veterano.