Michel Bastos demora a reagir após invasão e decepciona o São Paulo
Tricolor deu suporte para o meia se recuperar depois da agressão sofrida no CT da Barra Funda, mas vê o meia seguir em má fase e ser ultrapassado por Wesley e Carlinhos
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Michel Bastos está sendo questionado. Entre uma atuação irregular e xingamentos da torcida, saiu da Ilha do Retiro sem falar após o empate com o Sport. Não disse nada e passou pelo aeroporto de Congonhas calado na manhã da última quinta-feira. Um jogador sem confiança é como um carro sem combustível, o que só piora sua situação em um time pressionado.
O São Paulo se preocupou com o estado psicológico do meia, agredido na invasão de torcedores ao CT da Barra Funda no fim de agosto. Temia que o momento instável contaminasse os atletas que trabalham com ele. Mas agora, com a temporada comprometida com o risco de queda e todo suporte proporcionado, há certa decepção do clube por Michel não ser a personificação da reviravolta do time.
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Michel Bastos não marca um gol desde 11 de maio. O meia jogou 17 das 34 partidas do time desde então
De 28 de agosto até aqui, o camisa 7 disputou somente quatro jogos, alternando semanas para preparação física em campo e tratamentos no Reffis. Contra o Sport, chegou a sair com a estatística a seu favor pela assistência a Thiago Mendes, mas as comparações com outros jogadores agredidos na invasão pesam contra o veterano.
Wesley já marcou um gol e Carlinhos tem crescido de produção como ponta esquerda. Michel, por outro lado, não dá sinais de reação. Por ser mais velho e ter experiências mais duras na carreira, como a disputa da Copa do Mundo de 2010, esperava-se mais de Michel em comparação à dupla. Assim, os planos da diretoria para o meia devem retomar o que se planejava no meio do ano.
O São Paulo tentou envolvê-lo em uma troca com o Palmeiras para ter Rafael Marques. O negócio não avançou por resistência alviverde em liberar o atacante, mas pode ser retomado. Michel é visto como boa moeda de troca com grandes clubes e por jogadores de peso, o que ajudaria o Tricolor a manter seus cofres mais seguros.
Agora, com a janela de transferências fechada, não resta nada a fazer que não seja apoiar e insistir na recuperação do camisa 7. Blindá-lo da pressão da torcida, melhorar seu rendimento físico e técnico e, acima de tudo, resgatar sua confiança de arriscar. Por enquanto, é insensato prever sua reação.
PERÍODO PÓS-INVASÃO
Michel Bastos
Disputou somente quatro partidas no Campeonato Brasileiro, sendo apenas duas como titular, totalizando 191 minutos em campo. Deu uma assistência para Thiago Mendes contra o Sport, na partida de quarta-feira no Recife.
Wesley
Jogou cinco vezes, todas como titular e no Brasileirão. Acumulou 427 minutos em ação no período. Marco bonito gol contra o Cruzeiro e teve atuações elogiadas contra Figueirense e Flamengo, todos no Morumbi.
Carlinhos
Também fez cinco partidas – quatro no Brasileirão e uma na Copa do Brasil. Titular quatro vezes, somou 309 minutos em campo desde que foi agredido.
Irregular na lateral, cresceu como ponta-esquerda e foi o melhor do time contra o Sport.
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