Após nova derrota no São Paulo, Leco é pressionado por reação política
Após rompimento com Roberto Natel, cuja saída pode ser sacramentada nesta quinta, presidente pode adotar postura mais rígida para evitar problemas. Eleição em xeque
Após perder o apoio de mais um aliado, devido ao rompimento com Roberto Natel, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva deve mudar de postura política. Pelo menos é o que esperam seus aliados. Criticado internamente pelo modo como gere a política do clube, Leco tem sido pressionado a agir diferente.
Para situacionistas, o presidente precisa melhorar a relação com as entranhas do São Paulo, sob o risco de ver sua candidatura para a eleição do ano que vem ir por água abaixo e, em curto prazo, o clube implodir. A corrente de quem acredita que a ebulição política prejudica o time só aumenta e Leco também é responsável por isso.
Hoje, ele deve ficar sem vice-presidente geral. Apesar das tentativas de reconciliação que geraram conflito interno na última terça, uma reunião Morumbi deve sacramentar a saída de Natel da cúpula.
O rompimento não foi sacramentado na terça porque houve uma “turma do deixa disso”, que tentou reverter a decisão após o vice entregar o cargo. A instabilidade culminou no que o São Paulo chamou de “erro de comunicação”. Desta vez, porém, Leco já não conta mais com o ex-aliado para sua sequência na gestão e, na visão de quem acompanha a política do clube, ganhará um possível adversário para o pleito de abril.
No São Paulo, a aspiração de Natel de ser presidente do clube passou a ser comentada com mais força nos últimos dias, a partir do momento em que o o agora ex-vice geral começou a reclamar da postura do presidente. Leco, por sua vez, já vê o rompimento como necessário. A pessoas próximas, o presidente diz não ter interesse em alguém que não está totalmente focado em trabalhar pelo clube num momento de transição.