Após nova reunião, São Paulo oficializa saída de vice-presidente

Roberto Natel já havia entregado o cargo na última terça-feira, viu Leco tentar diálogo, mas sai da diretoria com pretensões de disputar as eleições presidenciais do Tricolor em 2017

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Depois de reviravoltas ao longo da semana, Roberto Natel não é mais o vice-presidente geral do São Paulo. A decisão foi tomada na última quarta-feira, mas consumada somente na tarde desta sexta, após reunião com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva. Cartolas evitam falar em rompimento, Natel segue na situação, mas com pretensões de concorrer à presidência em abril de 2017.

"O São Paulo FC comunica que na tarde desta sexta-feira (30) o conselheiro Roberto Rhormens Natel solicitou destituição do cargo de vice-presidente da diretoria alegando razões pessoais. O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva agradece pelos serviços prestados", diz comunicado emitido pelo Tricolor para confirmar a saída do dirigente.

'O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva agradece pelos serviços prestados'

Natel já havia entregado o cargo na última terça, também em conversa com Leco no Morumbi. A saída chegou a ser confirmada por pessoas do clube, que horas depois se pronunciou alegando erro de comunicação e a permanência do vice. Natel manteve sua decisão e dependia apenas de um novo encontro com o presidente para consumá-la, como feito nesta tarde.

Além dos planos pessoais de Natel, que já havia pedido para deixar também a comissão sistematizadora da reforma do estatuto do clube, divergências sobre a gestão causaram o pedido de destituição. A postura mais centralizadora e seletiva de Leco para tomar decisões e buscar soluções para os problemas do São Paulo não passavam pela vice-presidência como Natel esperava.

O agora ex-vice é sobrinho de Laudo Natel, considerado patrono do Tricolor e um dos grandes responsáveis pela construção do Morumbi, que completa 56 neste domingo. A força de Roberto Natel no conselho deliberativo é considerável e pode interferir nos planos de Leco, caso o atual mandatário deseje concorrer à reeleição. A oposição também já se movimenta por um candidato, com Eduardo Alfano como o mais cotado.

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