Técnico do São Paulo minimiza incerteza para 2017: ‘Não tem vítima’
Na última terça-feira, o diretor-executivo Marco Aurélio Cunha não garantiu Ricardo Gomes para a próxima temporada, mas declaração não incomoda treinador: 'Normal do futebol'
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Ricardo Gomes se mostra sempre sereno. Lembra que por dentro costuma entrar em parafuso, mas admite a calma que passa a quem está ao redor. E, assim, respondeu mansamente sobre as declarações do diretor-executivo Marco Aurélio Cunha, que na última quarta-feira disse que não podia garantir a permanência do técnico para 2017.
'Perde três ou quatro jogos e vê se eu estarei no ano que vem planejando (risos)'
- Não posso avaliar, tenho que avaliar o time e prepará-lo para encarar o Flamengo. Isso é normal no futebol. Já participei de reunião de planejamento, mas não quer dizer que estou incluído no do ano que vem. Perde três ou quatro jogos e vê se eu estarei no ano que vem planejando (risos). Não tem essa de vítima. O clube passa por um momento complicado. Precisamos sair dessa situação desconfortável. Estou bem confiante de que melhoraremos nosso jogo. Vamos crescer bastante - ponderou.
Ricardo está preocupado com a sequência de jogos do São Paulo. Sabe que é preciso pontuar o máximo possível contra Flamengo, Sport, Santos e Fluminense para não ver a zona de rebaixamento mais perto. Mas nada de contagiar os outros com o temor ou externar contas que pressionem ainda mais o time. Crescer devagar, jogo a jogo, é o caminho do treinador.
- Eu tenho que preparar o São Paulo. Pensar só no jogo, um por vez. E a partir daí você vê o time encorpar, evoluir e traçar objetivos. Só vencendo mais para saber onde podemos chegar. Cada jogo precisa ser decisivo para nós. E acho até bom! O Flamengo tem tido vários jogos assim, nós tivemos com o Palmeiras. Gosto e espero que aconteça várias vezes ainda neste ano - disse.
Confira outras respostas de Ricardo Gomes em coletiva desta sexta-feira:
Quais as contas para escapar do rebaixamento?
A matemática é a do próximo jogo. Três pontos para subir. E depois precisa de uma sequência para outras metas. É muita coisa para acontecer. Tivemos uma semana boa para que a matemática dessa jogo seja com três pontos e o começo de uma sequência de vitórias e qualidade de jogo. Estamos variando, indo bem em tempo e mal no segundo. Estou esperançoso que isso não se repita amanhã (sábado, às 16h, contra o Flamengo no Morumbi). Foi assim até quando ganhamos do Cruzeiro. Pensei nisso a semana inteira, de como manter o mesmo nível nos dois tempos.
A preparação física está ruim, então?
Não, nunca. Nenhum time corre muito mais que o outro, está tudo nivelado. O que muda é que sem confiança as partes táticas e técnicas caem. Temos que melhorar a confiança do jogo.
O time tem nove pendurados e pode chegar desfalcado contra o Sport, um rival direto contra a queda. Tem algum conselho a eles?
Não me preocupo, pela qualidade do elenco que tenho hoje, com quase todos jogadores. Mesmo no meio de campo já estamos agora com substitutos e as coisas melhorando na frente. Não tem conselho além do de sempre, de evitar reclamações e faltas desnecessárias. Coisas do dia a dia.
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