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São Paulo se arma para evitar que Calleri seja o ‘novo Ricardo Oliveira’

Depois do trauma de perder o agora santista entre as finais da Libertadores de 2006, Tricolor tem cláusula que estende vínculo de argentino por mais um mês

Calleri, Boca Juniors
imagem cameraCalleri assinou até 30 de junho com o São Paulo, mas pode ficar até 27 de julho (Foto: ALEJANDRO PAGNI/AFP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 25/01/2016
17:43
Atualizado em 26/01/2016
07:15

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Em 2006, Ricardo Oliveira era a grande esperança do São Paulo para bater o Internacional na final e faturar o tetracampeonato da Copa Libertadores da América. Um vacilo burocrático, porém, evitou que o empréstimo do Bétis (ESP) fosse renovado e tirou o centroavante do time dias antes da decisão no Beira-Rio. Calejado pelo caso de uma década atrás, o Tricolor se armou para não perder Jonathan Calleri de forma inesperada neste ano.

Apesar do contrato com o São Paulo ter validade somente até o dia 30 de junho, o atacante argentino ainda pode defender o clube paulista por mais um mês. Isso porque os tricolores acertaram com o pai e empresário do atleta, Guillermo Calleri, que o vínculo será estendido caso os comandados de Edgardo Bauza cheguem às semifinais ou finais da Libertadores.

A cláusula, inclusive, foi um dos últimos detalhes fechados com Calleri, que foi emprestado pelo Deportivo Maldonado (URU) ainda na semana passada e que viajou ao Brasil na última segunda-feira. Os uruguaios compraram o atacante do Boca Juniors (ARG) e irão repassá-lo à Internazionale (ITA). O time de Milão apenas exigiu que o argentino se apresente antes do fim de julho.

Ao apostar em um jogador por apenas seis meses, o São Paulo repete fórmula de sucesso da década passada, quando quatro atacantes caíram nas graças da torcida com apenas um semestre no clube. O primeiro deles foi Luizão, que se tratou no Reffis e decidiu ficar no Morumbi, onde levantou as taças do Campeonato Paulista e da Libertadores de 2005.

A fórmula funcionou no mesmo ano com Amoroso, que se tornou ídolo tendo jogado apenas no segundo semestre. Adriano, o Imperador, foi outro que teve grande desempenho a curto prazo, mesmo sem ter conquistado títulos. E Ricardo Oliveira, o mesmo protagonista do trauma de 2006, conseguiu convencer com alta média de gols duas vezes - voltou por seis meses em 2010.

Relembre os números dos reforços de um semestre do Tricolor:

Luizão

Chegou em 2005 para tratar lesão no Reffis, estreou com gol em clássico contra o Palmeiras e faturou os títulos do Paulistão e da Libertadores. Fez oito gols em 19 partidas entre fevereiro e julho.

Amoroso
Contratado em junho para substituir Grafite nas semifinais da Libertadores, foi decisivo na conquista do título e permaneceu até dezembro, após o tri no Mundial. Anotou 16 gols em 29 jogos antes de sair para o Milan (ITA).

Amoroso atende à imprensa no Morumbi
O ídolo Amoroso antes do jogo de despedida de Rogério Ceni no Morumbi, em dezembro do ano passado (Foto: Bruno Grossi)

Ricardo Oliveira
Em 2006 e em 2010, Ricardo assinou contratos de meia temporada com o São Paulo. Na primeira passagem, foi vice da Libertadores com seis gols em 12 jogos. Na segunda, o time foi mal, mas ele marcou oito vezes em 17 partidas.

Adriano
O Tricolor do Imperador caiu nas quartas de final da Libertadores, mas os números individuais do astro entre janeiro e junho impressionaram: 17 gols marcados em 28 atuações.

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