Bom, brigador e barato, São Paulo que vai à semi teve ‘custo zero’
Diretoria não precisou pagar multas ou comissões para contratar Maicon, Lugano, Mena, Kelvin e Calleri e gastou muito menos do que os rivais. Ressalva fica para vínculos curtos
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A classificação para a semifinal da Libertadores devolveu a autoestima ao São Paulo. Marca o ressurgimento de um clube desacreditado e que entrou no torneio com um projeto muito mais humilde do que os rivais Corinthians e Palmeiras, outros paulistas que ficaram pelo caminho.
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Em crise política nos últimos anos, o São Paulo também possui uma situação financeira delicada e teve de preparar o time com escassez de recursos. Tem a folha salarial mais enxuta e foi quem menos investiu em reforços: zero.
O São Paulo apostou em empréstimos de graça para contratar cinco reforços: Lugano, Maicon, Mena, Kelvin e Calleri. Desses, só o primeiro não é titular, mas tem papel importante no grupo. Já Kieza custou cerca de R$ 4 milhões, jogou apenas dois jogos e foi cedido ao Vitória em troca do mesmo valor.
Campeão brasileiro, o Corinthians contratou dez atletas e gastou cerca de R$ 46 milhões até aqui na temporada. Já o Palmeiras, outro rival que jogou a Libertadores, investiu R$ 20 milhões em três: Jean, Erik e Róger Guedes.
Com relação às folhas salariais, a diferença também é relevante. Com as saídas de Rogério Ceni, Pato e Luis Fabiano, o São Paulo reduziu para R$ 4,7 milhões o gasto com o elenco mensalmente, sem encargos. O Corinthians gasta R$ 8,5 milhões e o Palmeiras, mais de R$ 6 milhões.
A política econômica enche de orgulhos os dirigentes do São Paulo, que não conseguiram conter a emoção após a confirmação da vaga no Horto. O presidente Leco delirou.
– Esse é o verdadeiro São Paulo. Voltamos! – afirmou, eufórico.
Mas nem tudo são flores. O São Paulo se vê ameaçado de perder Maicon e Calleri, dois destaques do time. Estender o contrato do zagueiro para ele poder disputar as semifinais virou prioridade no clube. Falta um mês e dez dias para a decisão, devido à pausa para a Copa América.
Até lá, o São Paulo trabalha e desfruta. Na quinta, na volta de Belo Horizonte, o valente grupo foi recepcionado com festa no aeroporto e na chegada ao CT. O momento é do Tricolor. Sem economizar nos elogios.
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