Bruno culpa desgaste por queda do time e aceita cobranças no São Paulo
Lateral-direito é o líder em assistências do elenco, mas convive com críticas. Ele reconhece que equipe caiu de produção nos últimos jogos, mas acredita em melhora rápida
Bruno é um exemplo de que nem sempre bons números livram o jogador das críticas. Apesar de ser o líder em assistências do São Paulo com 15, quatro apenas neste ano, o lateral-direito ainda convive com desconfiança da torcida. No entanto, ele diz não se incomodar com a cobrança e acredita que ela é importante para sua evolução no clube. Ele está no Tricolor desde 2015.
- Acredito que não sou injustiçado. Só é cobrado quem pode dar. E pra mim isso é importante, porque sempre quero buscar a excelência. E o dia que me acomodar, posso ir embora. Tenho de buscar a cada jogo, não me acomodo. Eu batalho. E acredito que ainda posso dar muito pelo São Paulo - afirmou o lateral, em entrevista coletiva nesta terça-feira.
Bruno discorda de quem o critica com o argumento de que ele não sabe marcar.
- Não é que o Bruno não sabe marcar. É uma engrenagem. Os atletas que estão ali também têm de se ajudar. Alguém tem de fazer uma cobertura. Acredito que é na base da conversa, que a gente tem de acertar - afirmou.
Mas sobre o time o lateral-direito concorda com os questionamentos. Ele admite que o São Paulo caiu de produção nos e culpa a sequência de jogos pela mudança de ritmo.
- Pela maratona de jogos, não está havendo um tempo para a gente treinar o que estamos tendo de dificuldade. O Rogério vem falando isso, todos, tem de descansar porque é uma maratona muito desgastante. Quanto tem tempo o Rogério treina, mas é muito curto. É mais na base da conversa para fazer um bom trabalho - analisou.
Bruno será titular na partida desta quarta-feira contra o Botafogo-SP em Ribeirão Preto, pela décima rodada do Campeonato Paulista. Nesta terça, o técnico Rogério Ceni ainda faz um último treino para definir o time, mas o lateral-direito está confirmado porque Buffarini, seu concorrente, se integrou à seleção da Argentina. O time ainda é um mistério, mas Sidão (lombalgia), Maicon (entorse no tornozelo esquerdo), Rodrigo Caio (edema no joelho esquerdo) Buffarini, Cueva e Pratto (seleções) não jogam. O Tricolor lidera o grupo B do Estadual com 15 pontos, um a mais do que o Linense. O Red Bull Brasil, terceiro colocado, tem 11.
Confira outros trechos da entrevista de Bruno:
Ânimo para o clássico?
Primeiramente, temos de pensar nesse jogo de quarta. Só a gente fazendo um bom jogo na quarta para pegar a confiança e disputar um grande clássico. Estamos cientes da dificuldade que vamos enfrentar, mas vamos lá para buscar os três pontos
Incomoda ainda não ter classificado?
Claro que incomoda. Apesar de o trabalho estar sendo bem feito, pelo Rogério. Mas sabemos o que temos de fazer para melhorar. Temos de ter a tranquilidade, para fazer bons jogos, e depois fazer um bom clássico
Por que time não agride tanto mais?
O desgaste, o tempo curto de distância. Mesmo o Rogério fazendo treino mais curto, preocupado com o elenco, acredito que isso tenha pesado. Mas a gente sabe o que tem de melhorar, a marcação, esse volume de jogo. Todo mundo sabe que estamos fazendo isso, atacando todos juntos.
Como se preservar?
Temos de ser inteligentes para dosar, o elenco está curto. Mas na hora do jogo tem de estar todo mundo 100%. Acredito que estamos no caminho certo, fazendo grandes jogos, apesar de ter dado uma caída. Acho que é normal, pelo tempo de descanso. A gente sabe que deu uma caída, mas é buscar. A gente vem fazendo muita coisa boa
Ausência de Cueva
É um grande jogador. Todo mundo sabe disso. Mas acredito que do ano passado para esse ano temos opções. Durante a partida, temos opções do banco. Não são 11 jogadores, e sim um grupo de muita qualidade. Se ele não está, o Rogério sabe o que tem de fazer para mostrar seu valor.