As recentes polêmicas envolvendo o grupo do São Paulo não passaram batido pela entrevista de Carlinhos nesta segunda-feira, no CT da Barra Funda. O jogador pediu respeito após as duras críticas disparadas ao elenco pelo assessor da presidência, Rodrigo Gaspar, e não se esquivou ao falar das constantes reuniões entre os atletas para discutirem as questões internas do clube. Para Carlinhos, é preciso zelar pela imagem do Tricolor.
- O São Paulo é um clube muito grande, então tudo o que acontece aqui toma uma proporção enorme, seja para o bem ou para o mal. Foi uma semana turbulenta mesmo, mas essas reuniões acontecem, é normal. O São Paulo merece ser mais blindado, ficar menos exposto - analisou, para logo completar:
- Todo lugar tem que ter reunião, conversar, ver o que está certo ou errado, discutir de que maneira vamos aceitar isso ou aquilo, mas isso tem que ficar dentro do grupo, para que as pessoas não saiam falando isso ou aquilo e não abram opiniões de todos os lados.
De fato, Carlinhos se mostrou incomodado com o excesso de exposição do elenco, após o pacto de silêncio pelos atrasos de pagamento da diretoria. Entre tantas coisas, a declaração de Rodrigo Gaspar, assessor de gabinete de Carlos Augusto de Barros e Silva, ''não caiu bem''.
- É claro que temos nossos momentos de alegria e raiva e queremos expor, nas redes sociais tem muita gente que fala bem ou mal. Mas aqui existem pais de família, é preciso ter respeito. Nem quando você não conhece a pessoa você pode despeitar, ainda mais trabalhando junto. Ninguém está aqui de graça, nem porque é bonito ou feito, é preciso ter respeito, não caiu bem, mas foi deixado para trás.
Deixado para trás justamente porque o São Paulo venceu na última rodada do Campeonato Paulista, contra o Rio Claro, e aliviou a crise no clube. O próximo adversário é o Novorizontino, às 19h30, na quarta-feira, no estádio do Pacaembu.
- O gol que nos deu a vitória por 1 a 0 nos deixou muito felizes porque foi de jogada ensaiada, né? Bauza sempre pede a bola ali, fala para o jogador aparecer, mas fica essa pressão toda, é complicado, deu para aliviar. Em campo, um tem que se doar pelo outro - finalizou.