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Ceni lamenta: ‘Foi o jogo em que mais criamos chances neste Brasileiro’

Técnico se recusa a avaliar o São Paulo pelos últimos minutos da derrota para Atlético-MG, no Morumbi, e diz que o time já conseguiu vitórias com atuações piores no campeonato

São Paulo 1 x 2 Atlético-MG
imagem cameraPaulo Pinto/saopaulofc.net
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 18/06/2017
20:02
Atualizado em 18/06/2017
20:16

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"Fizemos um bom jogo." Foi assim que Rogério Ceni começou sua entrevista coletiva, logo depois da derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG, no Morumbi, neste domingo. O técnico se recusa a avaliar o São Paulo apenas pelo desempenho logo depois de levar o gol de Rafael Moura, já aos 37 minutos do segundo tempo, e só não aprovou a eficiência nas finalizações.

- O Atlético-MG é um bom time, mas cedeu muitas oportunidades. Foi o jogo em que tivemos mais chances no Brasileiro, e foram as melhores chances do jogo, no meu entendimento. Infelizmente, não ganhamos. Parecia que venceríamos e não aconteceu - lamentou o treinador, lembrando que, com 46 segundos de segundo tempo, o time empatou o jogo com Marcinho e viveu seu melhor momento no jogo.


- Tivemos chances de frente para o gol. Fizemos o gol com menos de um minuto, pressionamos e criamos. O importante é criar a oportunidade de sair na frente, ter força mental para virar e criar. Tivemos tudo isso, mas não tivemos felicidade para fazer o gol.

Até este domingo, o São Paulo acumulava 100% de aproveitamento em casa, com vitórias por 2 a 0 sobre Avaí, Palmeiras e Vitória. Apesar da derrota diante do Galo, mesmo sofrendo gol de Cazares logo aos sete minutos de jogo, Rogério Ceni acredita que o time teve até maturidade dentro da partida, exatamente por ter criado oportunidades.

- Confiança é fundamental, e o time tem. Quem cria tantas chances tem confiança. Um erro no fim não demonstra falta de confiança. Lógico que, depois do gol, você cai um pouco no nível de concentração e confiança. Mas não posso analisar o jogo pelos últimos dez minutos. Nos 80 minutos antes de sofrer o gol, o comportamento foi bem diferente.

Confira os temas abordados e as respostas de Rogério Ceni na entrevista coletiva depois da derrota para o Atlético-MG:

Lucão
Não vi a declaração do Lucão. Lamento que dê esse tipo de declaração, porque vaias e aplausos são do jogo. Ele é um patrimônio do clube. Prefiro ver as palavras que usou para me aprofundar, mas é sempre ruim ser vaiado, só que você precisa ter a cabeça no lugar para não se arrepender de sua declaração. Sou de uma época que, independentemente de vaias e aplausos, é sempre muito importante jogar pelo São Paulo. Gostaria que ele valorizasse essa oportunidade especial. Que reflita e pense bem no que disse.

Motivo das falhas
Não é problema técnico. Pode ter influência do psicológico, mas a responsabilidade é minha por escolher peças e como jogam. Como não fizemos grandes jogos e fizemos, hoje tivemos boas oportunidades de virar e não conseguimos. Erros são do jogo e a responsabilidade é minha.

Confiança em Lucão
Confio em todos, senão não escalava. Mas não é porque você errou um dia que vai largar, não é assim que funciona na profissão.

Cícero e Wellington Nem
Cícero fez um bom jogo hoje. Wellington Nem não foi tão bem e, por isso, fizemos alteração. E não foi por isso que perdemos. Cícero rendeu bem e Wellington Nem, nem tanto.

Como recuperar Lucão
Já falei tudo que podia sobre ele. Lucão vinha fazendo um bom jogo, com confiança, deu bons dribles. Na hora da troca, com dois zagueiros, achei Militão mais cansado e Lucão mais firme. Não sei se estou enganado, mas acho que não tinham vaiado Lucão antes do segundo gol do Atlético-MG. Ele vinha firme, fazendo bom jogo, mas traçam paralelo do jogo inteiro a partir de um erro nos minutos finais. Aí vem a declaração, tudo em cima do erro nos últimos minutos. Precisa ter calma e ele refletir. Mas não adianta insistir e nem quero mais falar disso porque não vi exatamente o que ele falou.

Erros
Futebol é um esporte coletivo. Coloco erros no conjunto. Ninguém ganha nem perde sozinho. No futebol, os 11 precisam se ajudar e se dar força em campo. Os erros sempre são coletivos.

Lugano
Conto com Lugano até o dia 30. Já me manifestei sobre a situação. Conto com ele como atleta e líder do grupo, tenho nele que, se precisar colocá-lo no próximo jogo, tenho certeza de que está preparado. Não é porque contrato está acabando que não vou colocá-lo. Ele é muito profissional, sempre bem condicionado, trabalhando, só questões físicas da idade. Mas não tenho conhecimento de avanço nas negociações.

Objetivo no Brasileiro
Nosso aproveitamento é baixo. Mas o São Paulo vai brigar por cada 90 minutos para vencer. Se tivesse ganhado hoje, estaria na zona da Libertadores. E criou, de fato, chances para vencer. Se tivesse vencido, perguntariam se estamos brigando por título. Não posso analisar o campeonato todo pelos últimos oito minutos de um jogo em que tivemos chances.

Confiança
Confiança é fundamental, e o time tem. Quem cria tantas chances tem confiança. Um erro no fim não demonstra falta de confiança. Lógico que, depois do gol, você cai um pouco no nível de concentração e confiança. Mas não posso analisar o jogo pelos últimos dez minutos. Nos 80 minutos antes de sofrer o gol, o comportamento foi bem diferente.

Alternâncias do time no jogo
Todas as equipes têm alternâncias em uma partida, sofrendo pressão, arriscando, ficando mais defensivo, é da imposição sua ou do adversário. São movimentos naturais. Exceto os últimos dez minutos, vi que meu time teve as melhores chances. O que me incomoda é ter perdido o jogo. Tivemos chances para vencer e não conseguimos.

Estágio do time
Em matéria de resultados, estamos um pouco abaixo, queríamos resultados melhores. Em termos de estratégia de jogo, atuávamos em cima, perdemos jogadores e mudamos o sistema de jogo, agora no 3-4-2-1, que passa ou deveria passar mais segurança, diminuindo a média de gols sofridos, mas tira oportunidades de gol. Só que não foi o caso de hoje, tivemos chances de frente para o gol. Fizemos o gol com menos de um minuto, pressionamos e criamos. O importante é criar a oportunidade de sair na frente, ter força mental para virar e criar. Tivemos tudo isso, mas não tivemos felicidade para fazer o gol

Lugano reserva de novo
O Lugano é parte de um sistema. Tem outros jogadores na reserva. Além dele, tem outros 17 que ficaram fora. Tínhamos cinco zagueiros para o jogo. Rodrigo Caio voltou com dor, treinou cinco minutos e, à noite, estava sentindo incômodo, fez ressonância e tive a notícia ontem que não jogaria. Lugano joga centralizado com três zagueiros, não posso colocá-lo para enfrentar o Robinho. O Maicon também é bom jogador, Lugano é grande jogador, e tenho que optar. Tinha um jogador contra o Sport na ala direita, com Marcinho. Hoje tive muitos na função que voltaram sem condições de 90 minutos. Gilberto fez 12 gols no ano e está no banco. Queria vê-lo mais, mas não costumo jogar com dois camisas 9 e não lembro no futebol moderno um time que joga assim. E não posso tirar o Pratto. Entendo o torcedor. Se vitória viesse, talvez não pediriam nomes.

Jogo de quarta, contra o Atlético-PR, em Curitiba
Partida tradicionalmente difícil. Mas temos de buscar esses pontos lá. Hoje, o Atlético-MG cedeu muitas oportunidades, foi o jogo em que tivemos mais chances no Brasileiro, e, infelizmente, não ganhamos. Isso traz pressão para ganhar um jogo que, na história, o São Paulo não traz vitórias na Arena da Baixada. Hoje, parecia que venceríamos e não aconteceu. Agora é buscar o resultado fora de casa.

Desgaste
O desgaste impacta, você não tem os jogadores na mesma condição se tivessem 24h a mais de descanso. No Brasileiro, você joga domingo e quarta em junho e, depois, em julho, só de domingo. Você incha o elenco para um mês e tem jogadores demais para o outro. Poucos clubes têm dois jogadores de qualidade em cada posição e, com jogadores mais velhos, você sofre um pouco mais.

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