Centurión corresponde de novo como ‘9’, mas Bauza não impedirá saída
Técnico do São Paulo diz que tem como princípio não barrar transferências quando é de desejo de seus jogadores, mas ressalta importância do compatriota para o time
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O São Paulo tem feito questão de declarar ao Boca Juniors (ARG) de a liberação de Ricardo Centurión não será tão simples assim. Depois das exigências para o empréstimo e do aviso de que há concorrência forte pelo atacante, desta vez foi o próprio jogador quem pode ter dado mais munição para o Tricolor se defender, graças à boa atuação contra a Chapecoense neste domingo.
Pela sétima vez em 81 partidas pelo São Paulo, Centurión foi usado como centroavante na equipe titular. E os números que já eram bons acabaram incrementados no duelo da 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foi do camisa 20 a assistência para Cueva marcar um dos gols do empate em 2 a 2 no Morumbi- a terceira como centroavante, a quarta na temporada.
Em 2016, Ricky havia jogado na função somente uma vez e não decepcionou: dois gols nos 4 a 0 sobre o Toluca (MEX), nas oitavas de final da Copa Libertadores da América. Após o empate com a Chape, o técnico Edgardo Bauza reconheceu a utilidade do compatriota como referência do ataque, mas lembrou que não costuma impedir a saída de quem deseja ser negociado.
- Fez uma boa partida e jogou em um lugar como gosta, como centroavante. Só foi às pontas no fim. Foi bem. Sobre sua saída, não tem a ver comigo. Qualquer jogador que se põe de acordo com um clube e a diretoria para sair, nunca vou colocar entraves - declarou o treinador argentino.
Além do Boca, que chegou a dar a transferência como sacramentada na última sexta-feira, o São Paulo diz ter sido procurado pelo Racing (ARG) e que mais clubes do exterior monitoram Centurión. A diretoria tem encontrado dificuldades para contratar atacantes desde as saídas de Calleri e Alan Kardec e espera fechar negócio vantajoso por Ricky para não ficar ainda mais na mão.
SEM PAPO
A possibilidade de Bauza comandar a seleção da Argentina voltou a ser tema das entrevistas de Patón. Desta vez, no entanto, o técnico do São Paulo mostrou discurso muito mais alinhado com o do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e assegurou estar focado no clube paulista, mesmo com a campanha do ídolo Diego Maradona para aceitar o convite da AFA.
- Agradeço a Diego por essas palavras, mas não vou responder nada sobre a seleção. Não tem nada ver o processo deles (dirigentes da AFA, na busca pelo substituto de Tata Martino) com meu trabalho aqui. Meu pensamento é somente no São Paulo - encerrou o comandante tricolor.
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