‘Certas coisas a gente não consegue explicar’, diz Diniz sobre eliminação do São Paulo na Sul-Americana
Técnico do Tricolor cobra desempenho ruim no primeiro tempo, diz que equipe precisa ser mais consistente, mas não consegue explicar eliminação traumática no Morumbi
O técnico Fernando Diniz não conseguiu explicar a eliminação do São Paulo, para o Lanús, na Copa Sul-Americana. Embora tenha vencido por 4 a 3 na noite desta quarta, o gol sofrido nos acréscimos no segundo tempo foi suficiente para tirar o Tricolor da competição internacional. Na visão do treinador, algumas coisas do futebol não podem ser explicadas, mas o time precisa ter mais consistência ao longo desta temporada.
- Temos que ter certa humildade para saber que tem coisas que a gente não consegue explicar. Posicionamos mal, aconteceram várias coisas. Não poderia ter tomado gol e tomou - afirmou o treinador, visivelmente incomodado com a forma como o São Paulo se despediu da Copa Sul-Americana.
Depois de ficar atrás do marcador em duas oportunidades, o Tricolor foi buscar o resultado no segundo tempo e virou o jogo nos acréscimos do segundo tempo. Menos de dois minutos depois, no entanto, a defesa sofreu o terceiro gol do Lanús e - por conta do critério do gol qualificado fora de casa - a equipe do Morumbi acabou eliminada da Sula. É a terceira eliminação do clube na temporada, que já adeus ao Paulistão e a Copa Libertadores.
- É um time competente, é um time que se entrega na maior parte do jogo. Precisa ser mais consistente e se entregar totalmente do início ao fim do jogo. A minha maior queixa é isso: tínhamos muito mais para fazer no primeiro tempo, assim como fizemos no segundo. Precisamos ser intensos do início ao fim, assim como fizemos contra o Flamengo - explicou Diniz, defendendo o trabalho feito no CT da Barra Funda.
O São Paulo volta a campo no próximo sábado, às 19h, pelo Campeonato Brasileiro. No restante da temporada, o Tricolor tenta o título nacional e também da Copa do Brasil - competição em que o clube está classificado para as quartas de final.
Confira outros trechos da coletiva do técnico Fernando Diniz:
Sobre mudanças aos 46 minutos do segundo tempo
Estávamos jogando sem nenhum zagueiro. A única chance deles seria a bola aérea e por isso coloquei um monte de zagueiro. No futebol, todo mundo quer uma ciência exata. Atitude e técnica têm que ser elogiadas, não podem ser questionadas em absolutamente nada. Absolutamente nada. Estávamos sem nenhum zagueiro em campo, o time dos caras é alto, o forte deles é a bola parada. Não tem como fazer esse tipo de questionamento. É uma pergunta quase que sem sentido. É achar um erro, achar um culpado toda hora. A gente não aprende. Não há uma ciência exata. Tecnicamente, era o que se tinha para fazer.
Sobre desempenho no primeiro tempo
Coisas do futebol. Fizemos um primeiro tempo ruim que não poderíamos ter feito. É o que dá para ser questionado. O que faltou a gente não sabe. O cara dominou errado, o cara cruzou e saiu o gol.
Por que entrou tão desligado na partida?
Não dá para saber o porquê entrou desligado, mas eu concordo que fizemos um primeiro tempo ruim que não poderíamos ter feito. A mesma agressividade, a mesma entrega e talvez até ganharíamos o jogo com uma certa diferença. Não poderia ter feito.
Por que o São Paulo oscila tanto?
Não tem resposta fácil. A pergunta é fácil, mas a resposta é difícil. Posso falar que é por conta da juventude, porque desconcentra. Posso falar um monte de coisa, mas seria especular. Se tivesse ganho de 5x3, as perguntas seriam outras. O time produziu muito no segundo tempo, fizemos um grande jogo contra o Flamengo, temos uma potência muito grande e se a gente conseguir manter o nível de intensidade seremos um time muito forte para brigar pelo título do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Precisa ser consistente.
Ainda sobre o resultado desta noite
As perguntas sempre justificando o resultado. O time precisa ser consistente. O time tem todas as condições de jogar como jogou contra o Flamengo. Não precisa fazer mudança, não precisa criar um monstro. Estão tentando achar monstros. Contra o Flamengo, que é um ataque poderoso, nos defendemos bem contra eles. Hoje faltou mais intensidade, sobretudo no primeiro tempo. A única chance do Lanús no segundo tempo foi a bola que originou o gol. Como que você questiona o sistema defensivo?