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Em coletiva, Cuca comenta fala de Jorge Jesus sobre técnicos brasileiros: ‘Não me sinto ultrapassado’

De acordo com o jornal O Globo, em entrevista a uma revista francesa, técnico do Flamengo disse que os técnicos brasileiros são ultrapassados, o que foi repercutido por Cuca

Cuca
imagem cameraCuca repercutiu a fala de Jorge Jesus sobre técnicos brasileiros (Foto: Delmiro Junior/Photo Premium/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 11/09/2019
12:40
Atualizado em 12/09/2019
11:57

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Nesta quarta-feira, no CT da Barra Funda, não foi só sobre São Paulo que o técnico Cuca teve de falar em sua coletiva. O assunto tocado na conversa com os jornalistas foi sobre uma entrevista de Jorge Jesus, atualmente no Flamengo, em que ele disse que os treinadores brasileiros são ultrapassados. As aspas foram dadas para uma revista francesa as quais o jornal "O Globo" teve acesso. O são-paulino ponderou a fala do colega, mas negou estar obsoleto.

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De acordo com o "O Globo" o português falou à revista francesa "So Foot", ainda em 2018, quando dirigia o Al Hilal, da Arábia Saudita, mas o material só foi divulgado nos últimos dias. Veja a declaração reproduzida pelo jornal brasileiro:

- O treinador brasileiro já foi um pouco ultrapassado em tudo que diz respeito ao treinamento. Você acha que isso acontece por quê? Porque sempre tiveram grandes jogadores e esses resolvem os problemas táticos sozinhos. Os treinadores não foram obrigados a pensar e criar ideias coletivas. E acabaram sendo ultrapassados. Agora está começando a mudar. Eles querem todos vir para a Europa para entender nossa metodologia de treinamento. Mas os brasileiros continuam a jogar na rua, e é na rua que a gente cria os talentos.

Cuca levou em conta esse aspecto da data da entrevista e até da falta de conhecimento de Jesus, que só agora está podendo viver o futebol do país, mas acredita que se a pergunta fosse feita atualmente, a resposta seria outra.

- Eu acho que as coisas têm de ser divididas, seria muito fácil eu vir aqui agora e rebater em cima dele o que ele falou, mas a gente tem que separar as coisas, essa entrevista que ele deu, foi lá na Arábia, no ano passado, então tem muita gente pensando "pô, ele está aqui no Brasil e está falando mal do técnico brasileiro", isso foi uma entrevista que ele estava no Al Hilal, para uma TV ou um jornal francês, e divulgou agora. Eu acho que essa pergunta que você me faz, poderia ser feita hoje para o Jorge Jesus, agora que ele tem um conhecimento maior do futebol brasileiro, dos treinadores, ainda que não tenha enfrentado todos, ele vai poder dizer se ele teve dificuldade com algum time, se os treinadores estão ultrapassados, acho que hoje seria uma maneira melhor de se falar - declarou antes de completar:

- Eu penso, pelo que eu vi dele, que ele é um cara que tem ética profissional, ele tem respeito, porque foi muito bem recebido aqui no Brasil por todos nós. Teve um curso na CBF, me dizia há pouco o Mancini, que todos os 20 que estavam lá o receberam de forma maravilhosa. Acho muito raro que ele venha a falar isso hoje, e eu acho que o sentimento hoje não seria esse.

Cuca reconhece que é preciso que os técnicos brasileiros evoluam, mas não se sente ultrapassado e diz seguir todos os novos treinamentos, que não devem nada para o que tem sido ministrado em todo o mundo.

- Lógico que temos muito a evoluir, todos nós técnicos brasileiros, isso vira e mexe tem sido falado "agora já ultrapassou, é hora dos novos", enfim, é uma que questão que eu prefiro ficar fora, mas não me sinto de forma alguma ultrapassado. Eu sigo tudo o que é jogo, tudo o que é treino, se você pegar um treinamento meu ou de qualquer outro treinador brasileiro, ou da maioria, e comparar com os treinamentos que se tem lá fora, você não vai ver diferença, hoje é tudo online, tudo interligado, você tenta jogar quanto mais próximo possível, você tenta fazer as coisas diferentes... O que muda entre um treinador e outro é a estratégia - explicou.

Por fim, o comandante são-paulino elogiou o trabalho do português à frente do Flamengo, mas preferiu exaltar os méritos do clube na montagem do time e na reestruturação fora de campo que permitiu todo esse investimento.

- O Jorge Jesus, eu vejo que ele tem hoje, por mérito dele, mas por muito mérito do Flamengo em geral, um baita de um time, se você for ver, os 11 que jogam são nível de seleção, o goleiro, os laterais, os zagueiros, talvez um volante não tenha ido para a seleção, o Arão, o Gerson, que provavelmente possam ir, a linha dos quatro, Arrascaeta seleção, Everton seleção, Gabriel seleção, Bruno seleção. Então foi montada uma estrutura maravilhosa dentro de um orçamento que eles puderam fazer, e isso nós temos que tirar os chapéu, não só para o treinador, mas sim para o Flamengo pelo que fez como clube, o mérito é deles, mas também é de todos. O campeonato é longo ainda, tem muita coisa a queimar - finalizou.

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