Com a 9 na camisa e na pele, Kieza chega para substituir Luis Fabiano

Centroavante é apresentado no São Paulo e diz que está pronto para superar os fracassos em times grandes no início da carreira; Gustavo Oliveira projeta intensidade e energia

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O São Paulo apresentou, na manhã desta sexta-feira, seu terceiro reforço para a temporada. E o centroavante Kieza sabe que carregará, literalmente, nas costas a responsabilidade de substituir Luis Fabiano. O capixaba de 29 anos recebeu das mãos do diretor-executivo Gustavo Oliveira a camisa 9 do Tricolor, mesmo número que tem tatuado no lado direito do pescoço.

- Sei dessa responsabilidade, que serei muito cobrado, mas vou conquistar meu espaço da minha forma. Sempre usei onde passei, me dá sorte e me sinto bem com esse número. Espero ser muito feliz com muitos gols. Decidi fazer essa tatuagem no ano retrasado depois de pensar muito desde a época do Náutico. Fiz e espero que continue dando sorte. Está cedo para falar, mas com trabalho, empenho e cabeça no lugar espero representar. É um responsabilidade substituir o Luis Fabiano com a camisa 9, um ídolo de gols e títulos. E só assim é que eu vou conseguir conquistar meu espaço - destacou.

Antes de vestir a 9 pela primeira vez no CT da Barra Funda, Kieza ouviu de Gustavo o que o São Paulo espera de seu futebol nos próximos três anos. Para o executivo, o centroavante precisa "intensidade, entrega e energia" para se aproximar dos torcedores e, assim, entrar forte na disputa com Alan Kardec e, nos próximos dias, o argentino Jonathan Calleri.

- Espero que sim, mas com respeito ao grande jogador que é o Alan Kardec. Quero agradar a torcida e ajudar o time com minha vontade e minha garra. Espero jogar mais e fazer mais gols neste ano do que na temporada passada. Disputa tem que acontecer de forma sadia, com respeito. Será bom para o São Paulo e para o treinador, que escolherá sempre o melhor para jogar. Quando tiver as oportunidades, tem que concluir. Se o Calleri vier, será bem-vindo. Ele tem qualidade e isso é o que importa - explicou. 

Kieza ainda se colocou à disposição para atuar como segundo atacante, acompanhando os possíveis concorrentes pela vaga de referência na frente. Foi centralizado, porém, que ele marcou 29 gols na temporada passada e só ficou atrás de Ricardo Oliveira no Brasil (o santista fez 37 tentos). Mais experiente, o artilheiro espera apagar as passagens apagadas por Fluminense e Cruzeiro.

Kieza recebe a 9  de Gustavo Oliveira (Foto: Ana Canhedo)

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Rogério Ceni:

ORIGEM DO APELIDO

Welker as pessoas não conseguem falar, falam Wilker, Welber, tudo diferente. No time do meu bairro, tinha meu primo Kiel e o técnico resolveu me chamar de Kieza por brincadeira. Acabou pegando (risos).

AMIZADE COM ROGÉRIO
​Desde a época do Náutico a gente sempre fala e se vê. Ele conversou muito comigo, me pediu para vir. É um menino muito bom, humilde e sempre nos divertimos juntos.

FLUMINENSE E CRUZEIRO
As minhas passagens lá eu era muito novo, não tinha a cabeça que tenho hoje, mas experiente e rodado. Vou fazer coisas que não fiz por lá e espero, dessa forma, fazer meu trabalho com concentração e empenho.

LONGA NOVELA E BAUZA
​Para mim foi ruim, porque fiquei atrás de quem começou antes, fiquei um pouco chateado porque o clube chinês demorou muito, mas graças a Deus deu tudo certo. Não conversamos ainda (com Bauza). Vamos bater um papo e eu espero conseguir entender para conversar naturalmente.

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