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Com Dorival na mira, diretoria do São Paulo quer volta de ‘identidade’

Novo treinador terá a missão de tirar o time da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e impor uma identidade que a equipe perdeu com Ceni, na avaliação da diretoria

Dorival Júnior
Ivan Storti / Santos FC

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O São Paulo espera definir logo a contratação do substituto de Rogério Ceni, demitido do cargo de técnico nessa segunda. O favorito é Dorival Júnior, atualmente desempregado. Caso a tendência se confirme, Dorival assumirá com a missão de tirar a equipe da zona do rebaixamento no Campeonato Brasileiro e devolver uma identidade de jogo, que, na visão dos cartolas, acabou se perdendo no fim da trajetória de Ceni.

No argumento dos dirigentes, o São Paulo do ídolo já não tinha mais qualquer identidade, seja ofensiva ou defensiva. Detectou-se, na análise dos cartolas, uma quebra do estilo agressivo que iniciou a temporada com críticas à fragilidade defensiva, mas ousadia e resultados aceitáveis.

A direção entendeu que o time já não mostrava mais reação após seis jogos sem vencer no Brasileiro e disse isso ao técnico na reunião de anúncio da demissão. Ceni foi ao Morumbi, onde se encontrou com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e o diretor executivo de futebol Vinicius Pinotti.

Em seguida, Leco participou de reunião do Conselho de Administração, onde a decisão foi discutida. Enquanto isso, Pinotti conversou com membros do departamento de futebol. Procurou tranquilizá-los assegurando que não haverá mais mudanças drásticas.

O auxiliar Pintado foi avisado de que poderá comandar o time no clássico de domingo contra o Santos. Com as saídas do assistente inglês Michael Beale e d francês Charles Hembert, caberá ao ex-volante dar os treinos no CT até a chegada do novo técnico.

Já Ceni encerra sua passagem com 37 partidas: 14 vitórias, 13 empates e dez derrotas. O aproveitamento ficou acima de 47%, o que lhe assegura, por contrato, o recebimento de R$ 5 milhões pela rescisão. O assunto ainda não foi discutido.

Antes da demissão, decretada após a derrota de 2 a 0 para o Flamengo, Leco dizia que outro técnico que não fosse Ceni já teria deixado o cargo com os resultados do ídolo. Referia-se, principalmente, às três eliminações no primeiro semestre, para Cruzeiro, na Copa do Brasil, Corinthians, no Paulista, e Defensa y Justicia (ARG), na Copa Sul-Americana.

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