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Com elenco abatido, Ceni tem primeia crise para gerenciar no São Paulo

Técnico tem maior momento de pressão após cinco meses de trabalho. Alta quantidade de jogadores em má fase e elenco com falta de confiança preocupam no clube

Ceni em treino no CT da Barra Funda
imagem cameraRogério Ceni em treino no CT da Barra Funda (Foto: Érico Leonan/ saopaulofc.net)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 15/05/2017
20:09
Atualizado em 16/05/2017
06:05

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Depois de cinco meses de trabalho, o técnico Rogério Ceni tem sua primeira crise para administrar no clube. Após três eliminações em um mês, a confiança do elenco sumiu. O abatimento, somado à grande quantidade de jogadores em má fase, colocam um grande desafio na conta do comandante para a sequência da temporada, que agora tem apenas a disputa do Campeonato Brasileiro.

- Não parece que perdeu, perdeu a confiança! Resultados negativos fazem isso. A única forma de mudar é trabalhar. Temos mais uma semana cheia para trabalhar e só nós que podemos mudar - afirmou o zagueiro Rodrigo Caio nesta segunda-feira.

As palavras são emblemáticas, ainda mais vindas de Rodrigo Caio. Ele é um dos líderes do elenco. Talvez seja o que fica mais perto de ser uma extensão de seu treinador em campo. Pela disciplina, boa leitura de jogo, identificação com o São Paulo, comprometimento. E, como mesmo admitiu, está no pacote dos jogadores que não vivem um bom momento.

Bruno, Buffarini, Maicon, Rodrigo Caio, Júnior Tavares, João Schmidt, Cícero, Luiz Araújo, Cueva... A espinha dorsal do São Paulo está rendendo abaixo do que Ceni espera. Alguns, muito abaixo. Desses, Maicon e Cueva, por exemplo, são líderes técnicos do time. O peso é grande.

Em meio a isso, e ainda mais pressionado pela derrota na estreia no Campeonato Brasileiro, Rogério Ceni tenta motivar o time com o trabalho do dia a dia. A eficiência dos treinamentos é a principal aposta do treinador para recolocar o time no caminho das vitórias. E sair da crise, que tem lhe feito muito mal.

Perfeccionista e exigente ao extremo, inclusive consigo mesmo, Ceni tem reagido mal à turbulência. A entrevista após a eliminação da Copa Sul-Americana para o Defensa y Justicia (ARG) assustou outros profissionais do clube. Não pegou bem. Foi encarada como fora da realidade, e preocupou gente importante, para como as coisas se darão no futuro.

Até mesmo porque Ceni mantém firme suas convicções. No entanto, o jogo de domingo contra o Cruzeiro deu um respiro. O treinador iniciou o jogo como três zagueiros, algo que tinha dito não ter intenção de fazer. O time se comportou de maneira mais segura. A mudança foi encarada como uma mostra de que o treinador está mais maleável.

Na crise, Ceni não conta com seu braço direito na comissão técnica. O auxiliar inglês Michael Beale viajou a seu país para concluir um curso da UEFA. A viagem já estava programada e coincidiu com o mau momento do time. Assim, ganha importância a figura de Pintado, tanto no dia a dia como nos jogos. Contra o Cruzeiro no último domingo, o auxiliar ficou no banco de reservas e falou muito com os jogadores. Seu perfil de relação com os jogadores é importante neste momento.

O São Paulo deve unir forças nos próximos dias em torno de seu treinador. A expectativa é de reação rápida. O time enfrenta o Avaí na próxima segunda-feira no Morumbi.

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