Com janela perto de fechar, Antony diz: ‘Que aconteça o melhor’
Clubes da Alemanha, onde estão os principais interessados no atacante do São Paulo, podem fazer contratações até sexta-feira ou terão de esperar o meio do ano
Antes considerada improvável, a permanência de Antony no São Paulo pelo menos para o primeiro semestre de 2020 fica a cada dia mais factível. O motivo: o clube não recebeu propostas no valor que considera justo pelo jovem de 19 anos e as janelas dos principais países europeus fecham nesta semana.
As duas sondagens mais firmes que o São Paulo recebeu desde o fim do ano passado vieram da Alemanha: Red Bull Leipzig e Borussia Dortmund se mostraram dispostos a pagar 15 milhões de euros para levar o garoto. Como recusou 20 milhões de euros do Manchester City no meio de 2019, o Tricolor recusou. As equipes alemãs têm apenas até sexta-feira para fazerem contratações ou precisarão esperar a janela de julho.
- Deixo com meus empresários e com o clube. Estou focado aqui (no Pré-Olímpico da Colômbia). Eles que resolvam lá e que aconteça o melhor para mim - disse o jogador, titular da Seleção Brasileira olímpica, em entrevista ao Sportv.
Pouco antes do início do Paulistão, o gerente de futebol do São Paulo, Alexandre Pássaro, disse que as propostas que o clube recebeu por seus atletas nesta janela vieram em valores muito baixos, provavelmente devido às notícias sobre a necessidade imediata de fazer dinheiro com vendas - houve déficit de R$ 180 milhões no exercício de 2019.
- A gente sentiu que, vendo as notícias que estavam circulando por aí, da questão do déficit, da necessidade de vendas, o mercado estava apostando nisso para talvez trazer valores para baixo pelos jogadores. Por isso que a gente acabou não concluindo algumas situações no ano passado. Por mais importante que seja o exercício fiscal, sentimos que não faria sentido depreciar um ativo nosso. Os jogadores do São Paulo, principalmente os mais novos, estarão sempre girando no mercado, entre os clubes grandes de fora. Mas o mais importante disso é ratificar que o São Paulo tem ativos. Se a gente quisesse resolver a nossa questão do dia para a noite, a gente podia fazer um pool de ativos e colocar tranquilamente R$ 300 milhões para dentro, mas não é o que a gente quer. Não é do que o São Paulo vive. O nosso desafio é encontrar o balanço entre vender os atletas na hora certa, pelo preço adequado, sem prejudicar o clube. Independentemente se algum jogador sair, o mais importante é que a estrutura do time vai continuar. Claro que podem sair um ou dois, a gente não tem uma sinalização concreta disso para falar. A sinalização concreta que a gente tem é que a espinha dorsal do nosso time permanece, e é isso que temos valorizado há algum tempo, não é de hoje - disse o dirigente.
Antony e Igor Gomes acompanharam pela internet o empate sem gols do São Paulo com o Palmeiras. Eles jogam com a Seleção Brasileira às 22h30 desta terça, contra a Bolívia, e garantirão vaga no quadrangular final com uma vitória. Com isso, perderão ao todo cinco rodadas do Paulistão - já foram duas.