Com ‘ótimas recordações’ de rival, Kelvin é apresentado pelo São Paulo
Atacante se colocou à disposição de Bauza para encarar o Corinthians e recebeu a camisa 30 do diretor-executivo Gustavo Oliveira: 'Ele sabe que nossas ambições são grandes'
O São Paulo apresentou na tarde desta quinta-feira, no CT da Barra Funda, o quinto reforço para a temporada. E mais: deu a Edgardo Bauza uma nova opção para escalar o Tricolor para enfrentar o Corinthians, às 17h de domingo, pela quarta rodada do Campeonato Paulista. O atacante Kelvin, novo camisa 30 do time, está pronto para reviver "ótimas recordações" no estádio rival.
Apresentado pelo diretor-executivo Gustavo Oliveira, o atleta emprestado por um ano pelo Porto (POR) relembrou os bons momentos vividos na Arena Corinthians em 2015. Então cedido ao Palmeiras, ele estreou justamente na semifinal do Paulistão em Itaquera, teve atuação de destaque e avançou nos pênaltis após empate em 2 a 2. Depois, no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, participou de vitória por 2 a 0 no moderno estádio.
- É um jogo especial, um clássico mundial. Se eu tiver a chance de jogar lá na Arena de novo, será ótimo. O Corinthians é muito forte dentro de casa, mas sei que o São Paulo também entrará muito forte. Eles vão bem lá, mas não são imbatíveis. Tudo será decidido nos detalhes. Tenho ótimas recordações de lá. Um empate e uma vitória, com classificação nos pênaltis. Agora vamos entrar com tudo para encerrar esse tabu no estádio deles - projetou.
O tabu citado por Kelvin dura três partidas. O São Paulo encarou os alvinegros uma vez em 2014 e duas em 2015, saindo com saldo negativo: 3 a 2, 2 a 0 e 6 a 1. O novo atacante tricolor agora quer usar o que aprendeu no Palmeiras para surpreender o Corinthians em Itaquera e começar uma história marcante pelo Tricolor, tudo dentro do recado dado por Gustavo Oliveira.
'Kelvin sabe que nossas ambições são grandes', disse Gustavo Oliveira
- É um momento oportuno para apresentá-lo, depois de conseguir um primeiro e pequeno objetivo na Libertadores. Vamos buscar os próximos agora com mais um jogador no elenco. Kelvin sabe que nossas ambições são grandes e que se encaixam no perfil dele. Ele viu ontem à noite o quanto um jogador rápido e habilidoso pode ajudar - disse o diretor-executivo, sobre o gol decisivo de Rogério na vitória por 1 a 0 sobre o César Vallejo (PER), que classificou o clube para a fase de grupos.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Kelvin:
PASSAGEM PELO PALMEIRAS
"Foi um ano bom, em que aprendi muito e em que me recuperei de uma lesão grave no início. Não tive tantas oportunidades como esperava, mas quando entrei me senti bem, acho que ajudei e até fui campeão. Agora isso é passado, embora seja agradecido. Minha cabeça é o São Paulo. Dei meu máximo no Palmeiras, dentro e fora de campo e fui feliz mesmo sem tantas oportunidades do treinador. Vou fazer de tudo de novo para ser feliz no São Paulo. Sempre fui campeão onde passei e quero ser aqui também."
SAÍDA PRECOCE E POUCAS CHANCES NO PORTO
"Não me arrependo de ter saído cedo. Foi uma oportunidade boa na época e não poderia recusar. Meu sonho era jogar na Europa e logo aos 18 anos apareceu a chance de ir ao Porto, onde pude evoluir, fazer gol de título e entrar para a história do clube. Tem até um espaço para mim no museu do clube. Eu queria continuar no Brasil porque não tinha chances lá. Consegui e agora estou aqui no São Paulo, que negociou por mim. Não sei se já jogo no domingo, mas me sinto bem e confiante. Já são duas semanas quase de treino, estou enturmado e se tiver uma oportunidade vou agarrar com unhas e dentes."
POSICIONAMENTO E CONCORRÊNCIA
"O treinador que sempre decide. Eu sempre joguei mais pela direita para cortar para o meio e bater, mas se precisar ir na esquerda, já joguei. O treinador é quem manda. Até posso jogar mais recuado, não é meu forte, não estou acostumado, mas até posso fazer a função do Ganso. Ele é extraordinário e para substituí-lo precisa de muita qualidade. Fico feliz pelo reconhecimento do treinador, que aprovou minha vinda ao São Paulo. Isso me dá confiança para jogar meu melhor. Quem decide é o treinador, diante de grandes jogadores na minha região de campo, mas vou dar meu máximo para ajudar o clube."