Com ou sem Pato, São Paulo passa 270 minutos sem fazer gol no Bahia
Cuca surpreendeu ao deixar o camisa 7 no banco no jogo decisivo desta quarta, mas o São Paulo foi improdutivo com ou sem ele nas três partidas do mês contra os baianos
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São Paulo e Bahia se enfrentaram três vezes neste mês. E o São Paulo passou esses 270 minutos (mais acréscimos) sem conseguir anotar um gol. Pior: sem aparentar ter ideia do que fazer para superar o bloqueio dos baianos. Além das duas vitórias do Bahia nas oitavas de final da Copa do Brasil, ambas por 1 a 0, houve um empate por 0 a 0 no Morumbi pelo Brasileirão.
A estratégia de Roger Machado, que se repetiu nessas três partidas, superou qualquer uma das várias alternativas que Cuca tentou encontrar. Nesta quarta-feira, o técnico são-paulino optou por começar sem Alexandre Pato - algo que vários torcedores trataram como um absurdo nas redes sociais -, mas a verdade é que a infertilidade da equipe foi a mesma com ou sem o camisa 7, que jogou todo o segundo tempo.
Com três volantes congestionando o meio de campo, os laterais bem presos e os pontas colaborando muito na recomposição, exatamente como nos dois encontros anteriores, o Bahia não deixou o São Paulo evoluir em nenhum momento. A única boa chance dos paulistas foi de Helinho, em um chute de longe que explodiu no travessão de Douglas ainda no primeiro tempo.
O São Paulo não conseguiu furar o defesa com Toró posicionado como centroavante, Hernanes na meia e Everton e Helinho pelas pontas. Os primeiros movimentos do segundo tempo deixaram uma falsa impressão de que as coisas poderiam ser diferentes com Pato como homem de referência após entrar no lugar de Everton e Toró deslocado para a esquerda. Aí veio o gol do Bahia. Obviamente, em um contra-ataque.
Toró prendeu demais a bola, Arboleda perdeu a dividida para Artur e o zagueiro (!) Ernando apareceu como um centroavante para receber sozinho e tocar na saída de Tiago Volpi. Além da dificuldade para atacar, o São Paulo também tem se mostrado desorganizado defensivamente.
Cuca ainda colocou Igor Gomes e Nenê nos lugares de Hudson e Helinho, mas quase nada digno de registro aconteceu até o apito final, exceto pela expulsão que "coroou" a péssima atuação de Arboleda naquela que pode ter sido sua última partida pelo clube - o equatoriano disputará a Copa América e deve receber ofertas da Europa na janela do meio do ano.
A temporada do São Paulo, mais uma vez, está em risco antes mesmo da metade do ano. Restou só o Brasileirão, competição em que dificilmente será possível brigar pelo título com tamanha irregularidade - e com tamanha regularidade do Palmeiras. O Tricolor perdeu o rumo nas últimas três semanas e parece ter deixado pelo caminho todo o legado que a campanha do vice-campeonato paulista poderia deixar. É preciso reagir logo.
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