Conselheiros do São Paulo querem explicações sobre desvio de ingressos
Grupo de oposição se arma para ir ao Conselho Deliberativo buscar responsabilização por contratação de gerente Alan Cimerman, acusado de chefiar esquema de corrupção
Um grupo de conselheiros do São Paulo se arma para ir ao Conselho Deliberativo do clube pedir explicações sobre o caso de desvio de ingressos dos shows da banda irlandesa U2, que se apresentará no Morumbi em outubro. Os conselheiros, em sua maioria oposicionistas à gestão do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, querem saber se a instituição foi lesada financeiramente e, em caso positivo, responsabilização pela contratação do ex-gerente de marketing Alan Cimerman, suspeito de chefiar o suposto esquema de corrupção.
Cimerman foi demitido por justa causa diante das suspeitas. O São Paulo levou o caso à polícia Ele é acusado de repassar ingressos de cortesia para serem comercializados por uma empresa sem que o dinheiro entrasse nos cofres do São Paulo. Ele nega as acusações.
O profissional chegou ao clube em outubro de 2015 rodeado de polêmica. Cimerman respondia a processos judiciais por conta de falta de pagamento de sua empresa a fornecedores na organização de eventos para a Copa do Mundo de 2014. Ao todo, 14 empresas acionaram a Justiça alegando direito de receber da Team Spirit, de Cimerman.
Conselheiros sempre criticaram a contratação do profissional, bancada pelo ex-diretor de marketing Vinicius Pinotti, atualmente diretor executivo de futebol. Também citam José Francisco Manssur, ex-vice de comunicação e marketing do clube, no cargo no momento da chegada de Cimerman. Questionam também a anuência do presidente Leco, que ainda não se manifestou sobre o assunto publicamente.
A ideia mais amadurecida entre os conselheiros é um pedido de reunião extraordinária, como aconteceu na última segunda-feira. Na ocasião, Leco e Pinotti foram sabatinados pelos conselheiros sobre o momento do futebol do time. A oposição espera apuração do caso para definir a ação ser tomada.