Corajoso, São Paulo tira o ‘balón’ do Santos e mostra que pode brigar
Tricolor de Cuca entrou em campo disposto a mandar no clássico e conseguiu. Santos de Sampaoli, o time do 'amor pelo balón', dessa vez não teve como se impor
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A vitória parcial do Santos no intervalo era um convite para o torcedor são-paulino, que tem motivos para andar mais impaciente que o normal, criticar a equipe de Cuca. Mas a verdade é que o Tricolor foi bem no primeiro tempo e muitíssimo bem no segundo. A atuação da equipe na vitória por 3 a 2 sobre o líder do Brasileirão, sensação do momento, que vencera as sete partidas anteriores, soa como recado: há um novo personagem na briga pelo título, e ele se chama São Paulo.
Cuca disse após a vitória sobre o Fluminense que não dá para brigar usando a arma do adversário, mas ironicamente foi o seu time quem mostrou ter o “amor pelo balón” que o Santos tanto tem exaltado na era Sampaoli. O São Paulo jogou bastante adiantado, marcou a saída adversária com ímpeto e sequestrou a bola desde o primeiro minuto.
As chances apareceram na etapa inicial, mas faltou precisão aos atacantes. Também estava difícil conter os avanços em velocidade dos santistas, que até aquela altura ainda conseguiam criar. O gol de Sasha nasceu de uma bola recuperada pelo Peixe, que pegou a defesa desarrumada.
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O São Paulo, que ouviu vaias injustas no intervalo, voltou para o segundo tempo ainda mais disposto a mandar no jogo. Cuca, corajoso mais uma vez, sacou Luan (que errou demais e talvez tenha feito sua pior partida como profissional) e colocou Hernanes, que teve 15 bons minutos até se machucar e foi importante para a virada-relâmpago com gols de Pato e Reinaldo (de pênalti).
Hudson, volante marcador, foi o escolhido para entrar quando o Profeta sentiu. E o São Paulo continuou atacando, amassando o Santos, cada vez mais acuado em seu campo de defesa. O time, que já perdeu pontos importantes neste campeonato por recuar demais após sair na frente, foi premiado com o terceiro gol (e que gol!) de Alexandre Pato.
O camisa 7, aliás, merece muitos elogios por sua atuação neste sábado. Ele aliou sua imensa qualidade técnica a uma competitividade indispensável no futebol atual. Dessa vez o atacante não foi incumbido de voltar até o fim com o lateral, mas ele se entregou bastante na marcação à saída de bola, ganhando divididas e fazendo desarmes. Se mantiver esse nível, Cuca nunca terá motivos para sacá-lo da equipe titular.
Quem também merece elogios é Igor Vinícius. O jovem lateral, que tem deficiências na marcação, mostrou evolução mais uma vez e foi um dos melhores do São Paulo mesmo tendo que encarar o baixinho Soteldo no mano a mano o tempo todo. Tchê Tchê também se agigantou neste clássico, o primeiro vencido pelo Tricolor após mais de um ano.
De negativo, só o fato de ter sofrido dois gols, algo que não acontecia há um tempo. Mas o segundo gol do Peixe, em uma bola parada, foi mais um acidente do que um reflexo do que acontecia em campo. Nem no sufoco final em busca do empate o Santos conseguiu colocar o São Paulo na roda como vinha fazendo com outros adversários.
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