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Em crise, São Paulo reduz dívida quase pela metade e quer 2017 gordo

Enquanto resultados dentro de campo são ruins, diretoria comemora números positivos fora dele. Redução expressiva da dívida será apresentada segunda ao Conselho

Leco - São Paulo
Carlos Augusto de Barros e Silva é o presidente do São Paulo  (Foto: Marcello Zambrana/AGIF)

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Apesar da crise dentro de campo, externada pela situação ruim na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro, fora dele o São Paulo encontra motivo para comemorar. Na próxima segunda-feira, o departamento financeiro apresentará números expressivos na reunião do Conselho Deliberativo. Em todas as esferas, a dívida do clube diminuiu de maneira substancial na gestão do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva.

O levantamento tem como base dezembro do ano passado ao mês de de agosto, que acabou ontem. A dívida bancária, por exemplo, a mais fundamental para o funcionamento imediato do clube, caiu de R$ 91 milhões para R$ 48 milhões. Uma redução de 47%.

A dívida total, sem contar a parte tributária, que é financiada no Profut, também caiu consideravelmente. Era de R$ 170 milhões em dezembro e passou a R$ 116 milhões, redução de 32%. Aí entra a parte operacional, com os gastos gerais no futebol, no social... No que diz respeito aos encargos tributários, o montante a ser quitado é de R$ 77 milhões. No entanto, o clube obteve facilidades no financiamento da dívida ao aderir à Lei de Responsabilidade Fiscal. 

O resultado positivo é fruto de alguns aspectos. Neste ano, o arrecadado com o marketing apenas no uniforme superou os R$ 30 milhões. O clube também recebeu R$ 60 milhões de luvas da TV Globo por cessão de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro em tv fechada de 2019 a 2024. Além disso, entrou em vigor uma política de redução de gastos imposta pelo diretor financeiro Adílson Alves Martins e cumprida pelas demais diretorias, inclusive no futebol.

A cúpula ainda comemora o fato de os números estarem chancelados pela PriceWaterhouseCoopers, empresa que faz auditoria em todas as contas do clube. A gigante no mercado internacional foi paga por Abilio Diniz, empresário torcedor do clube que hoje faz a oposição mais ferrenha à gestão Leco.

A situação permitiu ao São Paulo segurar a venda de Rodrigo Caio, mesmo com propostas na casa de 10 milhões de euros (cerca de R$ 32 milhões) e a sonhar com um 2017 pomposo, com maior investimento no futebol. Para isso, no entanto, o time precisa terminar 2016 bem, sem o temido rebaixamento. A equipe ocupa a 11ª colocação, com 28 pontos, quatro acima da zona. Na Copa do Brasil, o time perdeu o duelo de ida das oitavas de final para o Juventude por 2 a 1, no Morumbi. Depois disso, a torcida invadiu o CT, agrediu jogadores e cobrou a diretoria. 

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