Cuca revelou depois do empate sem gols entre São Paulo e Corinthians que Antony não estava se sentindo bem durante a partida e que, por isso, não atuou em seu melhor nível. O técnico também contou que Liziero chorou após sentir uma lesão na coxa no treino de sábado, o que o impossibilitou de participar da primeira partida da decisão.
- O Antony é um dos nossos jogadores mais importantes, se não for o mais importante, em termos de criação. Ele não estava bem, estava com fraqueza. Demos uma vitamina, uma glicose para ele se equilibrar. Houve uma dúvida entre tirar ele ou não (no intervalo), os doutores falavam que dava para voltar. Infelizmente jogou debilitado. No normal dele, joga muito mais. Em virtude disso, que a gente não sabe o que é, ele jogou abaixo - disse Cuca.
Antony deu sinais de que não estava bem no fim do primeiro tempo, quando ficou deitado no gramado por algum tempo e caminhou para o vestiário amparado por alguns companheiros, pelo médico José Sanches e pelo próprio Cuca. O treinador acha que a atmosfera da partida pode ter pesado para o garoto de 19 anos.
- É uma coisa muito do jogador. Tem que ver a alimentação dele como foi, o stress, o emocional. A gente sabe que o Antony é um torcedor de arquibancada e hoje estava diante do maior público da vida. Pode ter afetado também, ele tem 19 anos.
Sobre Liziero, Cuca disse que a lesão na coxa aconteceu no aquecimento do último treino antes da decisão e que só será possível saber quanto tempo ele ficará afastado após a realização de um exame de imagem, provavelmente nesta segunda-feira. O volante já é dúvida para a partida em Itaquera.
- Depende do resultado do exame. O jogador com certeza tem alguma coisa. Ele é um guerreiro, ontem quando falei com ele, foi às lágrimas, tamanha a vontade de jogar.
- O Liziero, no fim do aquecimento de ontem, sentiu a lesão. A gente não tinha como fazer exame. Esperamos até o último momento e pudemos trabalhar um pouco essa formação que entrou. Muitos vão questionar por que entrei com Everton e não com Hernanes. O Hernanes ficou parado quatro semanas e treinou três dias, não tem condição. O limite dele era 45 minutos, foi até demais, corremos esse risco. Coloquei o Everton por dentro junto com Igor Gomes, Antony e Everton Felipe, fazendo uma linha de quatro com o Carneiro na frente, tenho velocidade em todos os lados. O Everton já jogou assim no Flamengo. A ideia foi isso, com pouquíssimo tempo para treinar. Acho até que fizeram uma boa partida até os 30, 35 do segundo tempo, quando começamos a escolher algumas jogadas erradas e demos contra-ataques. O jogo ficou perigoso.