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São Paulo tem Luan gigante, mas sente falta de um 9 na primeira final

Volante de 19 anos teve ótima atuação no empate sem gols com o Corinthians e foi o melhor do time, seguido pelos zagueiros. Na frente, três jogadores tentaram atuar como '9'

São Paulo x Corinthians Luan e Clayson
Luan foi o melhor jogador em campo na decisão - FOTO: EDUARDO CARMIM/PHOTO PREMIUM

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O São Paulo provavelmente teria vencido o primeiro jogo da final contra o Corinthians, neste domingo, no Morumbi, se um dos três jogadores que atuaram improvisados na função de centroavante ao longo da partida estivesse em jornada tão inspirada quanto o volante Luan, que se agigantou e foi o melhor em campo, seguido por Arboleda e Bruno Alves. Mas Gonzalo Carneiro, Everton Felipe e Nenê não conseguiram ajudar muito enquanto estiveram no comando do ataque.

Além de Pablo, fora desde o jogo de volta contra o Palmeiras por causa de uma lesão na panturrilha, Cuca não contava com Liziero, que sentiu a coxa em um treino desta semana e foi o desfalque de última hora. O técnico optou por escalar Gonzalo como centroavante e Everton no meio de campo.

O time estava montado para agredir o Corinthians, para não deixar a temperatura do jogo ficar baixa. Tinha um Morumbi lotado ao seu lado e precisava aproveitar a ajuda da arquibancada para encurralar o rival. Luan, jogador mais recuado do meio de campo, dispensava os passes laterais e buscava ser sempre vertical para acionar Igor Gomes e Everton, que flutuavam entre as linhas de defesa do adversário, ou Antony e Everton Felipe, pelas pontas.

A primeira metade do primeiro tempo se desenvolveu mais ao gosto do Tricolor, mas a bola batia em Gonzalo e voltava. Everton Felipe também errava muito nas tomadas de decisão, o que deu ao Corinthians a possibilidade de reduzir a temperatura da partida.

A metade final da primeira etapa foi mais corintiana, embora tenha terminado com uma das melhores chances são-paulinas: Cássio evitou o gol na cabeçada de Arboleda.

Cuca voltou do intervalo com Hernanes no lugar de Gonzalo, adiantando Everton Felipe para a posição de "9". O São Paulo conseguia martelar, mas não a ponto de criar chances claras. Quando Nenê entrou no lugar de Everton, foi ele quem assumiu a posição mais avançada do ataque. Entre os que passaram por essa função ao longo da partida, talvez o camisa 10 tenha sido o que mais incomodou, apesar de não ter conseguido pegar em cheio na bola quando teve a chance quase na pequena área.

As melhores chances do São Paulo foram de Hernanes, em dois chutes de fora da área, mas a equipe não conseguiu mais incendiar a partida e o estádio. Luan, incansável, bem que tentou. Em diversos momentos, parecia ser um atleta descansado em meio a adversários e companheiros esgotados. Um ótimo exemplo da postura que o Tricolor precisará ter na partida de volta se quiser ser campeão em Itaquera, onde nunca venceu. Se Pablo voltar, melhor.

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