Cuca lamenta fim de invencibilidade do São Paulo, mas prega cautela: ‘Na derrota, ninguém serve?’
Tricolor perdeu por 2 a 0 para o Vasco, em São Januário; treinador elogiou o desempenho do Cruzmaltino e do treinador Vanderlei Luxemburgo
O São Paulo foi derrotado para o Vasco, por 2 a 0, em São Januário, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro e perdeu a invencibilidade de nove jogos na competição. Após a partida, na coletiva de imprensa, o treinador Cuca fez um balanço do revés para o Cruzmaltino.
- O Vasco teve um ímpeto maior. Fator campo, torcida, motivação, tempo que não jogava aqui, tudo exerceu pressão muito grande. Nos trouxe problema até entendermos a partida. Perdemos um jogador e lógico que sentiríamos. Penso que não era lance para expulsão porque o Raniel estava na frente do zagueiro. Lance, quando muito, para cartão amarelo. Não vejo lance para expulsão. Ponto. Acho que o Vasco ia ganhar no 11 contra 11, se não mudássemos da atitude. Quero deixar bem claro que uma coisa é a expulsão, que foi equivocada, ao meu ver, e outra é o resultado. Foi merecido. No segundo tempo, fizemos mudanças, desfalques fizeram falta até como opção. Mas nada para reclamar. O campeonato é assim. Tem dia que não dá certo, como hoje. Tínhamos invencibilidade de nove jogos, vamos recomeçar, afirmou Cuca.
Após a partida, Cuca entrou em campo para falar com Leandro Castan e acabou discutindo com o zagueiro vascaíno. Na entrevista, o treinador do Tricolor falou sobre o episódio.
- Eu não ia falar nada porque coisas do campo tem que morrer no campo. Ano passado, o Castan me cobrou para chamar atenção do Gabigol. Ele entendeu. Hoje, quando o juiz apitou uma falta, depois houve um chapéu. Isso irrita muito quem está no campo. Eu falei: "lembra?". Ele veio com dedo em riste. Coisas do campo. Nada mais do que isso. Entrei para falar. Acho que o Castan queria me falar alguma coisa e vem o pessoal do deixa disso e do VAR eu falei que era uma loucura por aquela jogada. Não sei quem estava lá em cima, mas já falei, não foi esse o motivo, explicou o comandante.
Gritos de homofobia:
"Tema muito delicado. Você já vive com essas questões e tudo vai mudando. Antes estava falando "é viado", hoje dá cadeia. Começou lá no México e está sendo corrigido. Eu não acreditava que ia vingar não poder fumar no bar ou no ônibus."
Desempenho de Vanderlei Luxemburgo:
"O Vanderlei e o Vasco fizeram um grande trabalho. Houve fusão muito grande entre time e torcida. Jogadores descansados. Fizeram jogo com ímpeto muito grande. Foi merecida a vitória do Vasco."
Aprender com a derrota:
"Tem que ter equilíbrio e saber perder. Hoje não aconteceram grandes coisas, como vínhamos fazendo. Mas estamos numa obra e precisamos fazer um prédio de 75 andares. Paramos, hoje, no 30. Tem dias que vai chover, não vamos poder trabalhar direito. Tem que administrar. Na derrota, ninguém serve? Mérito para o adversário também."