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Cueva diz que errou com Rodrigo Caio, nega problemas e crava: ‘São Paulo é grande. Não vai cair’

Após reunião com companheiro e o grupo nesta segunda-feira, peruano concedeu entrevista coletiva e disse ter interpretado mal as críticas do zagueiro

Cueva tem 36 jogos pelo São Paulo, com 12 gols e oito assistências
(Foto: Marcello Zambrana/AGIF)

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Cueva quebrou o silêncio nesta segunda-feira. Após preferir alfinetar Rodrigo Caio a se pronunciar no último sábado após o empate com a Ponte Preta, o meia peruano concedeu entrevista coletiva e se desculpou com o companheiro. Cueva disse que errou ao interpretar mal as críticas do zagueiro, feitas na semana passada. Eles tiveram uma conversa nesta segunda antes do treino e, aparentemente, apararam as arestas.

- Nós nos falamos por Whatsapp e, hoje, conversamos. Foi bom. Depois de tudo isso, também falamos com o grupo. Mas quero falar que o erro foi meu. Na semana passada, falaram o que o Rodrigo falou de mim, não escutei ele falar, só vi a imprensa. Foi um erro meu e peço desculpas ao meu companheiro, que é um cara legal - afirmou o peruano.

Na sequência, o camisa 10 admitiu que esse tipo de coisa não ajuda e cravou que o São Paulo não será rebaixado no Campeonato Brasileiro. A equipe ocupa a 19ª colocação no Brasileiro, com 24 pontos.

- Sabemos a situação que estamos. Não adianta falar algo que não vai ajudar o grupo. Entendemos a torcida, mas o grupo, independentemente de tudo que aconteceu, sabe que vai sair dessa. O São Paulo é grande. Não vai cair - decretou Cueva.

A reação do peruano se deve a comentário feito por Rodrigo Caio na quinta-feira passada. Perguntado por que o peruano não rendia no clube o que apresentava na seleção e se precisava melhorar, o zagueiro disse: 

- Situação difícil. Acho que é muito pelo momento que a gente vive. É difícil o jogador desempenhar o seu melhor. Já passei por muitas coisas aqui. Ainda mais para ele, que articula todas nossas jogadas. Mas ele também sabe, sabe que tem de melhorar. A gente tenta ajudá-lo, mas ele também tem de se ajudar, crescer, querer melhorar. Ele tem consciência disso. Esperamos que ele volte bem, focado, concentrado, e possa nos ajudar bastante.

No sábado, após o duelo contra a Ponte, Cueva passou pela zona mista e, ao ser perguntado por um jornalista, se daria entrevista, ele se recusou e mandou:

- Fala com Rodrigo Caio. O Rodrigo Caio que vai falar. 

Por essas e outras, falou nesta segunda-feira com a imprensa. Ele não vive boa fase no time e ficou no banco de reservas contra a Ponte, dando lugar a Lucas Fernandes. Após o jogo, o técnico Dorival Júnior defendeu o peruano e disse que ele pode voltar ao time ao lado de Lucas.

Acompanhe outros trechos da coletiva do meia peruano nesta segunda. No fim, ele pediu a palavra e fez um pronunciamento:

- Quero falar uma coisa. Nunca vou me esconder do meu grupo em momentos ruins, como em momentos bons. Nos momentos ruins, sempre vou aparecer.

Reunião com jogadores e a diretoria
Não vou falar sobre isso. Mas estou em clube grande e sempre estou pressionado. mas a conversa que tivemos é interno, não vou falar. Como não falam sobre conversas com a família.

Ser cobrado pelos colegas
A palavra cobrado não sabe como usam aqui. Cobrado é que o cara faça as coisas direito, da melhor maneira. E esse é o trabalho de todos. Do Cueva, do Rodrigo Caio, Lugano, Petros, Pratto. Todos temos o objetivo. Independentemente de quem jogue ou não, temos que trabalhar juntos para siar da zona de rebaixamento e, depois, pensar em outra coisa.

Propostas para sair
Falaram muito que tive proposta e estou chateado porque não saí, mas isso é secundário. Vim ao São Paulo porque quis, porque sei como o São Paulo é grande. Uma proposta do estrangeiro será tratada internamente. Mas meu rendimento não caiu por causa disso.

Reunião com a torcida
A torcida está em seu direito. Também passam por um momento duro. Só queremos que seja uma conversa para somar. Nada além disso.

Hernanes
Hernanes é tão importante quanto todos. É um jogador que todos conhecem, tem a imagem do clube, como Lugano. Veio a somar e ajuda muito, e ensina muito como jogador e pessoa. Só vamos reverter a situação com trabalho. Estando todos juntos, como é o São Paulo, e muitos falam que estamos brigando, mas não é assim. Não gosto que falem isso. Somos numa família, temos problemas, ma s solução está conosco. Jogadores e comissão técnica têm que trabalhar.

Reserva e melhor momento na seleção
Nos momentos bons no São Paulo, estávamos começando um ótimo ano, me cobravam na seleção, porque meu momento lá não era bom. Agora, inverteu. Esse é o futebol. Vamos tomar nosso caminho. E quem sou eu para dizer se é justo ou não sair do time? Deixo com Dorival e quero apoiar, independentemente de quantos minutos jogar. O São Paulo precisa de mim, do Rodrigo Caio, da torcida e de todos.

Apoio da diretoria
Vocês acham que não temos jogadores para sair dessa situação? A diretoria está sempre junto, dá o melhor, não deve nada, trabalha como time grande, se preocupando não só com jogador, mas como pessoa. Podem não achar isso importante, mas nós, jogadores, achamos.

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