Cueva retorna menos valorizado do que ele e São Paulo imaginavam
Aposta do peruano e da diretoria era de atuações de destaque no Mundial para lucrar com negociação neste semestre, mas desempenho não chegou nada perto do que se esperava
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Em 9 de maio, quando foi expulso na vitória por 1 a 0 sobre o Rosario Central, no Morumbi, pela Copa Sul-Americana, Cueva e São Paulo tiveram a sensação de que aquele era o seu último jogo pelo clube. O peruano foi liberado mais cedo para acompanhar o nascimento do filho e se preparar para a Copa do Mundo, com todos na expectativa de que seu desempenho na Rússia gerasse uma alta oferta para deixar o Tricolor. O que não se confirmou.
Exatos dois meses depois da partida que tinha tudo para ser a sua despedida, Cueva se reapresentou no CT da Barra Funda, nessa segunda-feira. Menos valorizado do que se imaginava. O São Paulo chegou a recusar uma oferta superior a 7 milhões de euros (R$ 27,8 milhões na época) da China no primeiro semestre e, no dia da volta do peruano, o jornal argentino Olé noticiou que o Independiente ofereceria US$ 6,5 milhões (quase R$ 25 milhões) pelo meia.
Desde o início do ano, os dirigentes do São Paulo e os responsáveis por cuidar da carreira de Cueva tinham convicção de que a Copa do Mundo seria a vitrine ideal para uma negociação, dois anos depois de ele chegar ao Morumbi. A meta de valor estipulada sempre foi de 8 milhões de euros (R$ 36,07 milhões) e, agora, o objetivo chega perto dos US$ 10 milhões (R$ 38,45 milhões).
Mas a Copa do Mundo, grande aposta dos envolvidos, não foi tão positiva quanto se imaginava. Embora tenha sido titular do Peru, Cueva perdeu pênalti na derrota para a Dinamarca, na primeira rodada, e rendeu menos do que se esperava. Contudo, ainda existe a expectativa de que algo, ao menos, próximo dos valores estipulados como meta chegue nos próximos dias.
A diretoria do São Paulo tem tranquilidade no momento por crer que a situação tem sido tocada com transparência por todos os envolvidos. Cueva e os dirigentes têm em comum essa perspectiva de sair. A possibilidade, inclusive, foi usada como motivação por Raí, diretor executivo de futebol, após deixá-lo de fora de três jogos no início do ano por sua postura de se recusar a ficar no banco de reserva nas primeiras rodadas do Campeonato Paulista: aproveitar o semestre para chegar bem ao Mundial e ter propostas.
A aposta era tão grande que o Tricolor não economizou em negativas às ofertas que chegaram em 2018. Neste ano, já ocorreram sondagens da Rússia, uma oferta de 7 milhões de euros (R$ 27,8 milhões na época) do Al-Hilal, da Arábia Saudita, e uma proposta oficial veio da China, com valor superior, mas forma de pagamento que não agradou ao próprio jogador.
O técnico Diego Aguirre nunca escondeu que, como a diretoria informou, a expectativa é de que Cueva seja negociado. Caso contrário, o peruano terá de provar sua condição de entrar no time, que se colocou entre os primeiros colocados do Campeonato Brasileiro com o trio Nenê, Everton e Diego Souza dominando o setor ofensivo. E, por enquanto, o camisa 10 tem feito somente trabalhos individuais, já que acabou de voltar ao CT da Barra Funda.
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