Nem tudo está perdido para Ricardo Centurión. Ao contrário do que era previsto pelo regulamento da Conmebol, o argentino do São Paulo ainda não está fora da Copa Libertadores da América e pode reforçar o Tricolor em caso de classificação à semifinal. A pena imposta pela cusparada em Brambilla, do Toluca (MEX), foi de apenas três partidas.
- Estou satisfeito. Ficamos mais tranquilos - comemorou, brevemente, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva.
O Comitê Disciplinar da Conmebol previa punição de seis jogos para quem cuspisse em adversários em seus torneios. Mesmo assim, os são-paulinos tentaram desqualificar o ato e tiveram sucesso. O resultado do julgamento era esperado para a última quinta-feira, mas só nesta segunda é que se teve notícia do veredito sobre o caso, com vitória dos tricolores.
Como já cumpriu um jogo de suspensão na primeira partida das quartas de final contra o Atlético-MG, restam mais dois confrontos de gancho para Centurión. Para que ele volte à Libertadores, então, é necessário que a equipe de Edgardo Bauza elimine o Galo nesta quarta-feira, às 21h45, no Independência. Empates e até derrotas por um gol, mas com tentos paulistas, classificam os comandados de Patón.
A expulsão aconteceu no melhor momento de Centurión na temporada. Depois de ser criticado pela torcida no início do ano, o argentino teve prova de fogo no jogo de ida contra o Toluca, quando Calleri e Alan Kardec estavam fora de combate. O camisa 20 correspondeu e fez dois gols na vitória por 4 a 0 no Morumbi. Na volta, no fim da derrota por 3 a 1 no México, cuspiu em Brambilla, foi expulso e se mostrou chateado com o próprio ato.
O São Paulo é a equipe mais indisciplinada da Libertadores, com 33 cartões amarelos e quatro vermelhos. Antes de Centurión, foram expulsos o goleiro Denis, o volante João Schmidt e o atacante Calleri.