Diniz exalta Brenner, Igor Gomes, Bueno e Sara após bater o Flu

Técnico diz que não vai descartar jogadores por causa de uma fase ruim e fala de Gabriel Sara, contestado pela torcida, mesmo sem ser questionado pelos jornalistas

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Fernando Diniz disse após a vitória por 3 a 1 sobre o Fluminense, no Morumbi, que não vai descartar jogadores por causa de uma má fase. Ele elogiou diversos atletas que passaram por isso recentemente ao longo de sua entrevista coletiva, sobretudo Brenner, Vitor Bueno, Igor Gomes e Gabriel Sara.

- O Brenner é um cara que tem o carisma do gol e, além de fazer gol, está melhorando muito a parte tática, está com cada vez mais noção de ajuda na marcação e na movimentação no ataque, que não é só o gol. O Igor Gomes, como eu tinha falado, trabalha muito. Sempre apostei e aposto muito. Não estou falando agora porque ele entrou bem, falei depois do jogo do Atlético. Acho que as coisas começaram a virar para ele. É trabalhador nato, tem tudo a ver com aquilo que eu penso do futebol e da vida. No momento difícil dele, nunca esmoreceu, nunca deixou de trabalhar - elogiou o treinador.

Brenner entrou no intervalo, quando o São Paulo perdia por 1 a 0, marcou o gol dele e participou dos outros dois. Ele passou diversos jogos sem sequer ser relacionado, mas já foi importante em duas vitórias - marcou o gol que garantiu os três pontos contra o Corinthians, há uma semana. Já Igor Gomes começou as últimas cinco partidas na reserva e, ao contrário das quatro anteriores, desta vez entrou bem. O treinador o elogiou mesmo sem ser perguntado após a derrota de quinta, para o Atlético-MG, e agora fez o mesmo com Gabriel Sara, titular contestado por parte da torcida.

- Vocês não me perguntaram, mas da mesma maneira que falei do Igor Gomes, quero falar do Sara. É super importante taticamente, se movimenta o tempo todo, ajuda na marcação e é muito talentoso. É questão de tempo, eu acho, para começar a aparecer a parte técnica, que todo mundo olha. Mas ele contribui muito em todas as fase do jogo. Muitas vezes o torcedor não consegue enxergar, mas ele é muito bom tecnicamente, um grande valor que o São Paulo tem - disse, sobre o jovem de 21 anos.

Vitor Bueno, autor do último gol do triunfo, foi usado pelo treinador como uma prova de que ele não desiste dos atletas que estão em baixa.

- Foi muito bom para o Bueno fazer o gol. Esse futebol que a gente vive tem uma premissa de descartar jogador que passa por uma fase ruim. As pessoas têm que ter a chance de retomar. Igor está retomando, o Bueno está retomando. Senão a gente perde todo mundo. Temos sempre que estar apoiando e não entrar na roda do sistema. Quem joga mal hoje parece que é ruim para sempre. Não é assim que funciona aqui.


O São Paulo é vice-líder do Brasil com um ponto a menos que o Internacional. Na quarta-feira, às 19h15, recebe o Red Bull Bragantino no Morumbi pela nona rodada.

Veja outras respostas de Fernando Diniz:

Primeiro tempo ruim
O primeiro tempo, de fato, não me agradou. A gente estava jogando de maneira muito lenta, que não tem nada a ver com a nossa proposta e estava facilitando a marcação do Fluminense. As alterações foram para melhorar o time, a produção.

Juanfran no intervalo na vaga de Igor Vinícius, que errou no gol

O Juan tem treinado muito bem, estava pronto para entrar, entrou e foi bem. O Igor errou, vai aprender com o erro. É um jogador que tem jogado bem constantemente, virou titular por mérito. Errou, não estava hoje em um dia feliz, mas é um grande jogador, com futuro brilhante pela frente. Esse menino tem tudo para decolar.

Importância do lado psicológico para a vitória

O aspecto psicológico sempre está envolvido no jogo, quando está ganhando ou perdendo. Ele faz parte, é crucial e muitas vezes determinante. No intervalo, a gente mexeu na estrutura tática do time, mas o que melhorou mais foi o ânimo da equipe, a vontade de fazer os gols, de reagir rápido quando perdia a bola.

Necessidade de ser mais consistente

É uma coisa que a gente busca sempre. Infelizmente a gente tem oscilado, mas a gente quer jogar bem os dois tempos. Não é só isso, tem outras falhas que a gente tem que corrigir, mas esse é um dos pontos: ser mais estável do começo ao fim.

Diniz exaltou seus atletas (Foto: Rubens Chiri / São Paulo)
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