Diniz inicia trabalho no São Paulo com desafio para se mostrar versátil

Tricolor enfrenta o Flamengo, líder do campeonato e avassalador ofensivamente. Com estilo mais agressivo, treinador terá de rever seus conceitos e apostar em algo tradicional

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Os últimos dias do São Paulo foram de intensa agitação, derrota para o Goiás no Morumbi, Cuca deixou o clube, Mancini assumiria interinamento no lugar, mas pouco depois Fernando Diniz foi anunciado como novo treinador. Tudo isso antes de enfrentar o líder do Campeonato Brasileiro, neste sábado, às 19h, no Maracanã. Embora seja uma parada dura, será a oportunidade para Diniz mostrar seu cartão de visitas e sua capacidade de ser versátil.

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Com apenas um treino com o time, na última sexta-feira, mesmo dia em que foi apresentado, o novo técnico tricolor mal teve tempo para aplicar o mínimo de sua filosofia de jogo na prática. Dessa forma, ele apostou na conversa com o elenco para tentar buscar um resultado positivo fora de casa, já que sabe que não seria possível mudar muita coisa no curto período.

- As necessidades são urgentes. Precisamos de vitória o quanto antes. É isso o que sustenta bom ambiente, acalma torcedor, alegra e dá sustentação ao trabalho - disse o comandante são-paulino em sua primeira coletiva.

Diniz "gastou" boa parte das atividades que precederam a viagem para o Rio de Janeiro para conversar com os jogadores, quando chegou e se apresentou, quando distribuiu os atletas em campo e quando encerrou o treinamento. A ideia é que essas conversas se estendam até o horário do jogo contra o Flamengo para aperfeiçoar o entendimento de todos.

Com estilo de jogo peculiar, de toque de bola e ofensividade, Diniz talvez terá de mudar essa característica para enfrentar o líder do campeonato, que vem sendo arrasador ofensivamente, principalmente dentro de casa. Uma exposição ao erro dentro do Maracanã lotado e com poucas horas de trabalho seria algo arriscado, mesmo para quem está chegando agora.

Dessa forma, o treinador do São Paulo terá de mostrar versatilidade em seu comando, algo que foi cobrado dele nos trabalhos anteriores, que até entregavam desempenho, mas deixavam a desejar nos resultados. Em sua coletiva de apresentação, Diniz disse não ser inflexível, nem teimoso e que já apresentou outras formas de jogar dentro das necessidades.

- Eu não sou uma pessoa inflexível. O trabalho do técnico é criar oportunidades e anular o adversário. Quanto mais chance você criar mais chance de vencer. No Fluminense contra o Atlético Nacional jogamos quase 70 minutos em bloco baixo. O meu estilo de jogo que eu adoto é para ter resultado. Acredito que se você jogar bem, você tem mais chance de ganhar. Quando possível jogar bem a gente vai jogar. Se precisar ser mais reativo vai ser - explicou.

Assim, a expectativa é de que não haja mudanças profundas na base que Cuca deixou. Uma alteração que pode ser feita sem mexer demais na estrutura seria a saída de Luan e a entrada de Liziero, cujo estilo de jogo se encaixa com o do treinador, de mais toque de bola e recurso técnico. Além disso, ele deve optar pela escalação dos mais experientes e "cascudos" do elenco.

A primeira impressão da torcida do São Paulo sobre o novo treinador será neste sábado, às 19h, no Maracanã, contra o Flamengo. O duelo é válido pela 22ª rodada do Brasileirão-2019, cujo líder é justamente o Rubro-Negro, com 48 pontos, enquanto o Tricolor aparece em sexto com 35.

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