O zagueiro Rodrigo Caio externou na última sexta-feira uma insatisfação incomum no São Paulo, pelo menos nessa temporada. O jogador da Seleção Brasileira fez duras críticas ao comportamento do time e disse que a diretoria tem total direito de fazer uma limpa no elenco para 2017. E a reação da diretoria foi de tentar evitar polêmicas sobre a posição de Rodrigo, considerado o atleta de valor mais alto de mercado no grupo atual. O diretor-executivo Marco Aurélio Cunha preferiu não entrar a fundo no assunto.
– Acho que ele fala o que quiser, tem suas razões. A diferença é que ele pode falar, eu não. Não gosto nem desgosto. É declaração de jogador. Se eu gostar, digo minha opinião. Se eu não gostar, posso ir contra. Minha missão não é gostar, é trabalhar em silêncio – afirmou Marco, ao LANCE!.
Curioso é que Rodrigo poderia falar como se estivesse indo embora, pois já deixou claro que sua intenção é ser negociado na próxima janela, mas Marco Aurélio diz trabalhar para que ele continue. O dirigente conta com o zagueiro para a próxima temporada e vai oferecer um novo contrato nos próximos dias. O atual vence em outubro de 2018.
– Eu não entendo que o ciclo dele acabou, ao contrário. Tem 23 anos, ainda pode nos dar muita coisa. São meninos ainda, como o João Schmidt. Ele (Rodrigo) já tem status, pode fazer mais. Os meninos têm de ter um bom plano de carreira, e se eles souberem esperar, estarão no melhor. Senão, sai e depois vai querer voltar – analisou o dirigente.
Desde 2014 que Rodrigo Caio fica perto de sair. Na última janela, o Hamburgo (ALE) ofereceu 12,5 milhões de euros (cerca de R$ 44,8 milhões), valor que agrada ao São Paulo, mas o atleta recusou por achar que o clube não seria o ideal para o que pretende seguir na Europa.