Diretor do São Paulo assume crise, cobra coração dos atletas e diz: ‘Não estamos satisfeitos’
Gustavo Vieira de Oliveira conversou com os jornalistas nesta terça-feira e disse que medidas estão sendo tomadas para melhorar os resultados. Ele espera mudanças
A diretoria do São Paulo veio a público assumir a responsabilidade no momento turbulento vivido pelo clube, mas também cobrou os jogadores. Nesta terça-feira, o diretor-executivo Gustavo Vieira de Oliveira conversou com os jornalistas no CT da Barra Funda e deu um panorama da crise. Gustavo disse que medidas estão sendo tomadas para melhorar os resultados e cobrou, entre outras coisas, mais coração do grupo.
- Não há o resultado que se espera, tem que ser maior. Talvez não haja conduta que possa ser desempenhada, não basta fazer o regular, tem que fazer mais. Isso se atribui a todos, quem entra e quem não entra. Estamos num processo de revisão, questionamento, auto-crítica, somos receptivos às críticas externas. É natural que tomem proporção, mas também temos processo interno. Atitudes sendo tomadas sempre respeitando todo grupo e todo mundo que trabalha aqui. Pulso firme, vontade a mais é necessária porque estamos no São Paulo - afirmou Gustavo.
- O nível de satisfação naturalmente passa por questionamentos. Óbvio que temos partidas importantes, haverá outras, não é isso que pauta nosso pensamento. Ganha e perde é natural, análise em relação a comportamento, conduta, coração. É representar o que a camisa representa para milhões de torcedores, e nesse assunto não estamos satisfeitos. Estamos tomando iniciativa para que isso seja corrigido e resultado venha em decorrência disso - completou o dirigente.
Além da postura do elenco, Gustavo foi questionado sobre o trabalho da comissão técnica, e apesar de se dizer insatisfeito com os resultados, ressaltou que não há possibilidade de troca de comando, mesmo em caso de derrota para o River Plate (ARG), na próxima quinta-feira, em Buenos Aires.
- Isso não entra em questionamento de forma alguma. Em relação a cobrança, ninguém entra no futebol imaginando que a vida seria fácil, é vida de cobrança, especialmente time grande como o São Paulo. Em outras proporções, tem que encarar tamanho da torcida, história e conquistas. Estar aqui é estar sujeito a cobranças e prestar conta por elas. Fazemos cobrança interna a ambiente fechado porque é necessário, não basta fazer o normal, o que se espera, tem que fazer mais, é isso que torcedor espera. E nós esperamos - analisou.
Por fim, Gustavo respondeu se a atitude de conceder entrevista em meio ao momento difícil é porque a situação exige mudanças urgentes.
- Nada é urgente no futebol embora os resultados sejam. Um pouco de tranquilidade é bom, ausência de resultados faz com que tudo seja pra ontem. Temos de ter tranquilidade de saber que não se corrige uma máquina como o São Paulo em tão curto espaço de tempo, com toda sua ambição e história. Isso está sendo feito. Estou aqui para assumir responsabilidades, espero de todos eles e de mim mesmo, é necessário que se conte ao torcedor que a coisa não está solta, existe cobrança, comando - concluiu.