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Diretor do São Paulo ‘separa’ R$ 17,5 milhões para reforços em 2017

Em entrevista à Rádio Globo, Adilson Martins explica contas do Tricolor e parcelamento de dívida com o diretor de marketing Vinícius Pinotti. Clube pagou R$ 600 mil por Sidão

São Paulo - Apresentação do Wellington Nem
imagem camera(Foto: Maurício Rummens/Fotoarena/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 28/12/2016
17:06
Atualizado em 29/12/2016
06:55

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Rogério Ceni e o departamento de futebol já sabem quanto dinheiro terão à disposição na busca por reforços para 2017. Segundo o diretor financeiro Adilson Alves Martins, em entrevista à Rádio Globo, foram separados inicialmente R$ 17,5 milhões para investimento em contratações para a próxima temporada. O valor ainda pode aumentar.

- Orçamos R$ 17,5 milhões pensando em contratações. Se vender um jogador acima do valor orçado, se tem uma receita adicional, um investimento maior pode ser feito. Já pagamos R$ 600 mil pelo Sidão, que será quitado em parcelas de R$ 100 mil. Esse valor total está orçado, mas para gastar por necessidade. Pedimos apenas organização e atenção à base, já que investimos R$ 24 milhões por ano em Cotia. É essencial que eles tenham oportunidade - destacou.

Nesta temporada, por exemplo, as receitas foram incrementadas com a entrada de patrocínios (que chegaram na casa dos R$ 30 milhões) e do dinheiro movimentado na campanha até a semifinal da Copa Libertadores da América. Martins conta que foram gerados R$ 22 milhões líquidos na competição continental, da qual o Tricolor estará fora em 2017. Além disso, ainda é preciso cautela diante das dívidas do clube.

- Sem Libertadores você deixa de ganhar, pelo menos, uns R$ 10 milhões de receita. Se o Rogério fizer uma equipe competitiva, que conquiste resultados e atraia a torcida, podemos repetir o que houve neste ano. Com o time embalado, compensaremos a falta da Libertadores. Levando em consideração o momento do país, foi um ano muito positivo. Agora fechamos com superávit de R$ 1 milhão, mesmo com a previsão de déficit de R$ 10 milhões. Em 2014, o déficit foi de R$ 103 milhões. Em 2015, de R$ 73 milhões. Então mostra um caminho certo - exaltou o dirigente.

DÍVIDA COM DIRETOR DE MARKETING
Na última reunião do conselho deliberativo, foi exposto o valor da dívida com o diretor de marketing Vinicius Pinotti, responsável por emprestar o dinheiro necessário para comprar Centurión do Racing (ARG) em fevereiro de 2015 - o atacante está emprestado ao Boca Juniors (ARG). No mesmo encontro, foi vetada proposta da TV Globo para direitos de transmissão a partir de 2019, o que frustrou planos da diretoria do São Paulo.

- O Vinícius emprestou para o São Paulo. Ele não cedeu o dinheiro. A gestão contratou um atleta com empréstimo dele. Existia ainda mais uma parcela, que totalizaria mais de R$ 18 milhões. Ele foi um grande parceiro, corrigiu abaixo dos juros e fechamos em R$ 21 milhões, que serão pagos em cinco anos. Temos que valorizá-lo, porque veste a camisa do São Paulo. Fico triste em ver críticas de conselheiros a quem ajuda tanto o clube - disse, após explicar os efeitos do veto à proposta da Globo.

- Com R$ 20 milhões de luvas, poderia ter amortizado dívidas e melhorado mais as finanças. Como esse recurso não entrou, precisei buscar em banco para honrar os compromissos de dezembro. Busquei em banco e gerou custo que tínhamos previsto, mas que poderia ser evitado.

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