‘Diretoria não tem responsabilidade’, diz Leco sobre demissão de Ceni
Presidente do São Paulo afirma que foram dadas todas as condições ao 'iniciante' treinador e cita resultados ruins para justificar opção pela troca de comando
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Nesta terça-feira, um dia após a saída de Rogério Ceni, o presidente do São Paulo falou sobre a demissão do ídolo. Carlos Augusto de Barros e Silva eximiu a diretoria de responsabilidade pelo insucesso do treinador, que deixou o clube com 49,5% de aproveitamento dos pontos após sete meses de trabalho.
- A diretoria não tem nenhuma responsabilidade direta. A diretoria teve coragem em contratá-lo, sendo um novato no cargo, e deu todas as condições e um pouco mais para realizar o trabalho. Isso é inegável. A diretoria concluiu, sem detalhar alcance de meta ou performance, que uma trajetória descendente e desairosa para história dele do São Paulo deveria haver um enfrentamento. Entre agir e omitir, preferimos agir, de forma segura - declarou o dirigente, em entrevista coletiva no início da noite desta terça no CT da Barra Funda.
Leco iniciou a entrevista com um pronunciamento elogioso à figura de Rogério Ceni. Depois, negou que tenha usado o ídolo como cabo-eleitoral para ganhar a eleição de abril deste ano.
- Isso não só não corresponde à verdade, porque em nenhum momento sequer passou pela cabeça. Quem esteve na negociação para trazê-lo sabe que, em nenhum momento, isso aconteceu. Eu não precisava disso para me candidatar, porque já tinha histórico e trabalho. Não houve nenhum cunho eleitoral. Analisar isso é raciocínio raso e incorreto - disse.
O dirigente admitiu que sete meses não é tempo suficiente para amadurecimento de um trabalho de um técnico novato, mas citou outros fatores para a tomada de decisão. O ídolo tinha contrato até dezembro de 2018.
- Isso não se mede pelo tempo, mas por tudo que está acontecendo nesse processo e trajetória. Não pode ser por dois anos, aconteça o que acontecer. Resultados precisam satisfazer e o São Paulo não passar por situações de se ajustar aos torneios que participar com situação minimamente favorável - analisou.
Vale lembrar que, antes da saída de Ceni, o São Paulo se desfez de peças importantes do elenco. O zagueiro Maicon, o volante Thiago Mendes e o atacante Luiz Araújo, todos titulares do time, foram vendidos. No início do ano, a promessa David Neres também já tinha ido ao Ajax (HOL).
DORIVAL JÚNIOR
Na entrevista, Leco também falou sobre a situação de Dorival Júnior, favorito para assumir o lugar de Ceni. Admitiu conversas com o treinador, mas disse que ainda não fechou a contratação.
- Falado já foi, mas nada conclusivo. Houve manifestação recíproca de interesse. Não é algo que se resolve em estalar de dedos. Não temos nada concluído a respeito. Esperamos falar com ele ou outro, porque outras possibilidades existem - disse.
- Dorival é um treinador competente, de reconhecida seriedade. Essas são as nossas referências. É qualificado para treinar o São Paulo como fez no Santos, de forma vitoriosa, e em outros grandes clubes do futebol brasileiro - completou.
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