São Paulo se divide entre Cuca e Autuori para novo técnico
Diretoria mira dois treinadores com passagem pelo clube, mas adota cautela. Enquanto Cuca está na China, Paulo Autuori trabalha no Japão. Ambos agradam Leco
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A diretoria do São Paulo trabalha com cautela, mas neste momento está dividida entre Cuca e Paulo Autuori para substituto de Doriva, demitido na última segunda-feira. Cuca, que está no Shandong Luneng, da China, é preferido, mas o nome de Autuori ganhou força nos últimos dias. O treinador campeão do mundo pelo clube em 2005 está no comando do Cerezo Osaka, do Japão.
Autuori é bem quisto pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que era do departamento de futebol nas duas passagens anteriores do treinador pelo São Paulo, em 2005 e 2013. Nessa última, Autuori foi demitido após menos de dois meses de trabalho e deu lugar a Muricy Ramalho. Na ocasião, a decisão foi encarada como uma tentativa desesperada do ex-presidente Juvenal Juvêncio de tirar o time da zona do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Deu resultado. Muricy assumiu na virada de turno com o time na zona da degola e se livrou da queda com folga. Mas abriu feridas.
Condutor do São Paulo nas duas principais conquistas recentes, Paulo saiu chateado com a forma como foi demitido, mas não guarda mágoas. Ganhou o apoio de figuras importantes do clube, como o próprio Leco, o capitão Rogério Ceni e o coordenador técnico Milton Cruz. Atualmente, o treinador de 59 anos classificou o Cerezo Osaka para a fase final da segunda divisão japonesa.
Já a situação de Cuca deixa a diretoria insegura sobre um possível acerto. O treinador tem mais um ano de contrato com o Shandong, com valores milionários - recebe cerca de R$ 1 milhão mensais. A parte financeira, portanto, preocupa, já que o São Paulo trabalha com um teto salarial de R$ 300 mil para o ano que vem. O treinador, porém, assegura que esse aspecto não será preponderante numa possível volta.
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Por outro lado, o treinador tem em mente que quer voltar a trabalhar no Brasil no ano que vem, mas só o fará em caso de acordo amigável com os chineses, sem pedir demissão. Essa possibilidade existe porque o clube vive um clima de indefinição, com a possibilidade de uma troca de presidente. A tendência é que ele seja liberado.
Curiosamente, foi Cuca quem iniciou, em 2004, o planejamento que fez o São Paulo se consagrar em 2005, com Autuori - além do Mundial, venceu a Libertadores. Entre eles, houve Emerson Leão, que deixou o clube logo após a conquista do Campeonato Paulista, no primeiro semestre.
Um nome que corre por fora é o do uruguaio Diego Aguirre, ex-treinador do Internacional. No entanto, na última terça-feira, o diretor-executivo Gustavo Oliveira apontou que o próximo treinador não deve ser estrangeiro. Ele disse que o momento hoje é diferente de quando o São Paulo contratou o colombiano Juan Carlos Osorio, em junho deste ano.
Fato é que, caso contrate um dos dois preferidos, o São Paulo também poderá promover o reencontro de um grande ídolo com um treinador já conhecido. Tanto Cuca, em 2004, quando Autuori, em 2005, trabalharam com o zagueiro Diego Lugano. A contratação do uruguaio é analisada pela diretoria, em conjunto com a escolha do novo técnico.
Enquanto isso, o time será dirigido por Milton Cruz até o fim do ano, com a missão de garantir a vaga na Libertadores de 2016.
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