Dorival culpa cansaço e defende Diego Souza: ‘Ele não é camisa 9’
Treinador atribui oscilação do São Paulo na temporada à sequência de partidas com pouco tempo de recuperação e reforça que não espera o meia-atacante como referência na frente
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Após ver o São Paulo ouvir vaias novamente nesta quarta-feira, mesmo vencendo o Bragantino por 1 a 0, Dorival Júnior voltou a culpar o desgaste físico pela falta de uma apresentação convincente. E fez questão de defender Diego Souza, chegando a falar que pediria para ele deixar de ser o camisa 9 para não ouvir cobranças como se fosse centroavante.
- Diego Souza flutuou muito mais do que nos jogos anteriores. Dou liberdade para se movimentar como se sentir melhor, percebendo os zagueiros. Mas Diego joga solto, como gosta. Tudo é questão de tempo. Não quero Diego atacante, vou até mudar camisa dele para não acharem que é centroavante, camisa 9. Ele tem toda liberdade. Teve momentos com Cueva, Marcos Guilherme e Nenê centralizados. Quero mobilidade para ter penetração. Várias equipes na Europa jogam assim, meias como Messi já jogaram enfiados e brilhantemente. O Diego, no Sport, fazia função. Ele não é centroavante de referência. Se quiser sair para armar, tem liberdade.
Da mesma forma que ponderou a respeito de Diego Souza, Dorival voltou a falar de desgaste físico. Como fez em suas últimas entrevistas coletivas, repetiu que o time, descansado, atuou bem contra o Mirassol. Porém, nas três semanas seguintes, sentiu a maratona e, segundo o próprio técnico, caiu de rendimento já aos 35 minutos do primeiro tempo.
- A queda do primeiro para o segundo tempo é física. Já caímos no fim do primeiro tempo, e procurei manter equipe mais próxima para ter mais posse de bola, e não aconteceu, dava para perceber que não ocupávamos mais espaço, sem agredir marcação. Lado físico dificulta, e como, para ajeitar a equipe e achar ponto de equilíbrio - declarou, lamentando o calendário.
- Sempre teremos preocupação de fazer o melhor. Quando fizemos jogo inteiro, em Mirassol, foi um grande jogo. De lá para cá, seis partidas seguidas em 21 dias. Eu já imaginava. Senti que caiu de produção, não tem como contestar. Não teremos qualidade de jogo, como ninguém está tendo, vemos as dificuldades dos grandes. Não é específico do São Paulo, todos vivem isso, e antecipamos isso - prosseguiu.
- Optamos pela quantidade e vemos um campeonato tecnicamente muito pobre em tudo, com todas as equipes. Trabalhamos para melhorar, mas, depois de 35 minutos da primeira etapa, caiu a marcação, dava sinais de que não estava totalmente encaixada em razão da sobrecarga absurda de jogos. Temos apenas a lamentar, porque queremos proporcionar grande espetáculo, mas não tem nem como exigir. Precisamos entrosar a equipe, então corremos risco. É um fato a enfrentar.
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Primeiro tempo é exemplo?
Primeiro tempo poderia ter mais organização tática. Obrigação do treinador é fazer a equipe chegar até a intermediária. A partir daí, temos movimentos combinados, penetrações, mas eles podem fazer o que quiser, com sensibilidade e dentro das caraterísticas. Diego saiu muito da área, não é 9, flutua e abre espaço. Tem dois gols e poderia ter quatro ou cinco.
Ponto positivo
É a sexta partida da equipe titular, e só sofremos gol em uma, contra o Corinthians. Algo está mudando. Eles tiveram oportunidades, nós também, resultado aconteceu, como é mais importante, mas gostaríamos de dar impressão melhor. Mas a dificuldade é muito grande.
Prazo para jogar bem
Não trabalho com prazo. Em calendário como o nosso, não tem como mensurar futebol de qualidade, recuperando para ter o mesmo nível. Não tem como fazer essa previsão. Muitas equipes com dificuldades, vi boa parte do Paulista e não vi nenhum grande jogo agora, raríssimas exceções de tempo para um, depois outro tempo para outra. Todos oscilam como nós. Não tem nada diferente do que o São Paulo faz. Teremos agora uma semana, naturalmente que teremos recuperação melhor e, na sequência, uma série de partidas e, cada três dias, uma equipe em campo em condições de fazer o melhor, mas com dificuldades.
Cueva
Pediu para sair. Falou que deu uma embolada na perna, uma perspectiva de lesão, e não teve como não tirá-lo.
Nenê, Cueva e Diego Souza juntos
Início bom, não demos oportunidade ao Bragantino, mas faltam penetrações. Não tivemos tempo para fazer o que é adequado, Nenê acabou de chegar, Diego Souza trabalhou só sete dias, Cueva jogou menos. Em razão disso, Diego não produziu tudo que pode, mas nos agrada quando ele está inteiro. Quando estão em totais condições, estão dando resposta.
Manter time
Não dá para mexer para dar conjunto. Tínhamos previsão, não inciamos como gostaríamos e mudamos. Sabíamos da sequência difícil, foram chegando jogadores e, para adqurir melhor condição, ou tira equipe ou mantém atuando, e buscando correções nos dias seguintes. A outra forma seria tirar toda a equipe, mas a situação não permitia.
Valdívia
Quero usá-lo pelo lado, como foi muito bem aproveitado no Inter. Teve lesão séria, mas voltou bem e tenho certeza de que será um ano de arranque na carreira dele.
Cobrador de pênalti
Cobradores oficiais são Nenê, Cueva e Diego Souza, como se sentirem melhor. Treinam e que se resolvam no momento. especificamente, não tem nenhum. tanto que hoje Cueva deu bola para o Nenê. Quem estiver mais confiante que o faça.
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