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Dorival vê São Paulo perto da reação e lamenta pênalti: ‘Mudou tudo’

Após empate com a Ponte Preta, técnico diz que equipe está no caminho certo para conseguir vitórias no Campeonato Brasileiro e culpa 'detalhes' pela falta de resultados

Dorival Júnior
Técnico Dorival Júnior, que comanda o São Paulo (Foto: Marcello Fim/RAW Image)

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O técnico Dorival Júnior manteve parte do discurso otimista mesmo após o empate do São Paulo por 2 a 2 diante da Ponte Presta neste sábado no Morumbi. O comandante destacou pontos positivos na atuação do time, afirmou que controlou o jogo até o pênalti cometido por Jucilei, expulso no lance em que, segundo ele, acabou decidindo o embate. Por conta disso, Dorival descartou mudar o esquema tático de sua equipe.

- Por incrível que pareça, alguns resultados têm acontecido com a equipe muito bem postada em campo. E de repente uma bola que viaja, uma mudança de posicionamento, uma infiltração, tem acontecido os gols. Tem situações que são até difíceis de explicar, pela maneira como são construídas. Até aquele momento (pênalti) não houve nada frontal na nossa área, nenhuma batida. Isso é resultado. Posicionamento perfeito, linhas aproximadas, tudo isso observamos. De repente uma jogada, uma bola parada, que voltou. Houve a disputa, não conseguimos tirar a bola no miolo, e de repente na batida teve alguma coisa com a expulsão. Aí é natural, mudou tudo. Não pretendo mudar o esquema - afirmou Dorival.

Na maior parte da entrevista, o treinador comentou sobre o episódio entre Cueva e Rodrigo Caio, e falou que a equipe está deixando de conquistar o resultado por detalhes. Já são três jogos sem vencer, e a equipe ocupa a 19ª colocação com 24 pontos, afundado na zona do rebaixamento. Veja outros trechos da entrevista de Dorival:

O que está faltando para vencer?
A equipe é organizada, está bem posicionada, constroi um resultado, e de repente uma bola parada muda toda o contexto do jogo. Aí eu te pergunto: em que momento penetraram por dentro da nossa zaga? Isso mostra time que marca mal. Não aconteceu nada disso. Em nenhum momento ocorre isso. E detalhes mínimos determinam e tem acontecido em todos os jogos. Não é emocional neste momento, até porque os dois gols foram semelhantes, bolas paradas, disputadas, e de repente os dois gols. Não foi erro de posicionamento, troca de posição, abertura. Nada. Duas bolas paradas que proporcionaram o empate. Uma situação, que no momento como esse... E a gente trabalhando, buscando. Vocês viram uma equipe equilibrada, dona do jogo, sabendo o que estava fazendo. Fez o 2 a 0 com potencial de fazer mais, aí acaba tomando o gol e expulsão. A partir daí fica difícil.

Quando vai conseguir o ciclo de vitórias?
Estamos muito próximos disso, só não estamos conseguindo completar esse ciclo. A partida contra o Palmeiras também tivemos as condições de decidir. Tivemos quatro oportunidades, muito mais que o adversário, e não tivemos a tranquilidade na definição. Hoje novamente estava construído. A equipe estava se entregando em campo. Pequenos detalhes estavam decidindo as partidas.

Cueva precisa se cobrar mais, como disse Rodrigo Caio?
Não é só no Cueva, é em todos nós. Não estamos satisfeitos com o que estamos fazendo, com o que estamos vendo, não é só o Cueva, o Rodrigo. Precisamos querer um pouco mais. O time está buscando. Falo sempre que a diretoria tem dado todas as condições, a torcida. Não tem nada do que reclamar. Lá vocês acompanham sempre, a entrega dos jogadores, comprometimento. O que jogou hoje era para conseguir um grande resultado. Era para contribuir para uma vitória. Esses pequenos detalhes têm tirado pontos importantes. A equipe vem evoluindo. O resultado não mostra isso, fica difícil até para a gente explicar. Mas sinto isso.

Qual opinião sobre as críticas de Michael Beale à diretoria em entrevista ao UOL?
Não quero falar nada. Eu estou conhecendo o São Paulo, e claro todo mundo tem coisa ruim, mas muita coisa boa já está acontecendo no São Paulo, apesar desses resultados.

Estreia de Bruno Alves
Dentro de um equilíbrio, foi bem. Acho que ainda pode crescer muito. Jogador que como Lucas, próprio Eder Militão, não vinha atuando muito. Eu fiquei atado naquele instante, era uma dificuldade. Porque um deles poderia sentir e a gente ficar com dois a menos. Mas ele foi bem.

Militão
Militão estava muito bem, vinha evoluindo na partida. Bem na marcação. Um ou outro erro, mas vinha muito bem.

Está satisfeito com parte ofensiva do time?
Hoje em dia fica muito difícil jogar contra dez jogadores atrás da linha da bola. Você precisa ter muita paciência, porque pode abrir para um contra-ataque adversário. Hoje, 90% das partidas são decididas assim. E nosso time em nenhum momento deu contra-ataque. Tem de jogar assim, com paciência, porque se não você vai a toda hora tentar furar bloqueio, e pode ter um contra-ataque decisivo e fatal. Até então tínhamos trabalho em campo ofensivo, para tentar chamar um pouco o time da Ponte.


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