Economia com salário faz São Paulo amenizar prejuízo com saída de Rigoni para os EUA
Oferta de empresários para levar atacante à MLS é inferior ao que o Tricolor pagou a time espanhol para ter o camisa 7 em definitivo, mas diretoria pondera a questão
Considerado um verdadeiro 'achado' pela diretoria do São Paulo na época em que Hernán Crespo era o técnico, Emiliano Rigoni custou, sozinho, cerca de R$ 22,5 milhões ao Tricolor. Entretanto, com a queda acentuada de produção desde a volta de Rogério Ceni no cargo, a diretoria sinalizou de forma positiva à sondagem que o atacante recebeu do futebol dos EUA. E já pondera que o montante a receber pelo negócio ficará aquém do que foi pago ao Elche, da Espanha. Mas não trata o assunto como de se lamentar.
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O LANCE! apurou com integrantes da cúpula são-paulina que é de US$ 3 milhões a oferta de um grupo de empresários dispostos a levar Rigoni para atuar na MLS (uma das ligas de futebol estadunidense). Ou seja, na prática, sem descontar desvalorização cambial e inflação, o clube recuperaria só R$ 16 milhões do investimento feito.
Mas, à reportagem, uma pessoa com acesso à gerência de futebol do clube avalia que o suposto prejuízo prático nos frios números é superada pela economia que a saída do camisa 7 causará à folha salarial do Tricolor.
O valor é mantido em sigilo, mas na prática, a avaliação interna é a de que a saída de Rigoni possibilitaria a chegada de pelo menos três reforços no mesmo nível e condição de Marcos Guilherme, até agora a única contratação do São Paulo para a abertura da janela de transferências, no dia 18.
A chegada de Marcos Guilherme, inclusive, foi a deixa para que Ceni e outros integrantes da comissão são-paulina, como Muricy Ramalho, avaliassem de forma favorável à saída de Rigoni. Publicamente, contudo, o comandante tricolor faz elogios ao atacante, como na entrevista coletiva após a goleada de 4 a 1 sobre o Universidad Católica, na quinta-feira (7), pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, no Morumbi.
- Ele é um cara muito bom de se dar no dia a dia, sempre sorridente, feliz. Jogador ambidestro, boa finalização, tem todos os fundamentos, tem o drible. Momentos ruins, todos passam. Luciano deu uma entrevista falando sobre isso. Ele não está com tanta confiança.
A avaliação de Ceni, seus auxiliares e os chefes do futebol tricolor é uma só: não há mais o que se fazer para ajudar Rigoni e a proposta para sua saída é satisfatória. Não envolve questões disciplinares. Tampouco de falta de dedicação aos treinos. Mas há uma não-adaptação ao futebol proposto pelo técnico, na melhor das teorias.
- Estamos tentando fazer com que ele jogue todos os jogos, nem que seja dez minutos, vinte, trinta, para você instigar o jogador para que ele te dê uma resposta e você consiga dar mais minutos para ele. Eu ainda acredito no trabalho dele, nele. Se ele ficar, vamos estar super felizes. Se houver a venda, também entendemos pela necessidade de fazer caixa. Mas, acredito que ele pode ajudar muito a gente ainda - apontou Ceni.
Nos seis meses finais de 2021, Rigoni despontou como um dos principais nomes no futebol brasileiro, com 11 gols e cinco assistências em 38 jogos. Neste ano, contudo, são só dois gols e uma assistência (todos no Campeonato Paulista) em 32 partidas.
A ida de Rigoni para os EUA não envolve uma ida direta a uma das franquias da MLS, conforme o L! apurou. Mas sim obter a liberação para aí sim colocá-lo em uma equipe. O negócio pode ser concretizado até o início da próxima semana.
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