De expulsões na base à frieza diante de Jô: saiba quem é Diego Costa
No clube desde os 16 anos, garoto sempre mostrou perfil de liderança e foi capitão em conquistas impostantes na base. Ele teve duas expulsões que renderam puxão de orelha
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O são-paulino acostumado a acompanhar os campeonatos de base provavelmente já sabe há tempos quem é Diego Costa, titular da zaga tricolor na atual sequência de três vitórias no Campeonato Brasileiro e destaque do clássico contra o Corinthians no último domingo, com direito a embate com Jô.
Diego iniciou sua trajetória em Cotia aos 16 anos, em 2015, após jogar uma Copa São Paulo pelo Grêmio Prudente, clube que defendia desde 2011 após chegar de Campo Grande-MS, sua terra natal. Ele sempre foi conhecido por seu perfil de liderança - acostumou-se a usar a braçadeira de capitão - e pela facilidade de jogar em diversas funções. Além de zagueiro, posição em que se fixou no elenco profissional, também atuou na lateral direita e principalmente como volante.
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Curiosamente, foi em meio aos seus melhores momentos com a equipe sub-20 que Diego viveu a fase mais instável na base. Na final da Supercopa do Brasil de 2018, contra o Palmeiras, no Allianz Parque, e no primeiro mata-mata da Copinha de 2019, contra a Ferroviária, em Araraquara, ele recebeu cartões vermelhos por cair na pilha dos adversários. Os episódios renderam puxão de orelha no clube e certamente contribuíram para a frieza que ele demonstrou ao receber um soco de Jô pelas costas e não revidar.
Contra o Palmeiras, a expulsão aconteceu logo aos 32 minutos do primeiro tempo, com duas faltas duras em um intervalo de dois minutos. O jogo estava empatado por 1 a 1, resultado que daria o título ao Tricolor, e terminou com vitória alviverde por 2 a 1. Nos pênaltis, deu São Paulo campeão.
Diante da Ferroviária, Diego sofreu uma falta, caiu fora do campo, rolou para dentro e irritou o atacante adversário, que tentou levantá-lo para evitar que ele gastasse tempo - o São Paulo já vencia por 2 a 0, resultado que se manteve até o fim. Diego revidou com uma leve cabeçada bem em frente ao árbitro e acabou expulso, o que irritou o técnico Orlando Ribeiro. Na época, ele declarou que o capitão da equipe não poderia ter essa postura.
Com Diego jogando muito bem como volante, o São Paulo foi campeão daquela Copinha. Ele levantou a taça e, a partir daí, começou a frequentar os treinos do grupo profissional no CT da Barra Funda. Durante a pausa do Brasileirão para a Copa América, chamou a atenção de Cuca em atividades em Cotia, inclusive marcando gols. O técnico brincava que, além de bom, o garoto demonstrava ter sorte.
A estreia e a promoção definitiva ao elenco principal, porém, vieram só com Fernando Diniz. Diego entrou na parte final do jogo contra o CSA, pela última rodada do Brasileirão de 2019, e iniciou este ano integrado ao grupo. Foi titular pela primeira vez na lateral direita, em derrota por 1 a 0 sobre o Botafogo-SP em que o treinador poupou todos os titulares. Depois, foi bem como zagueiro no triunfo por 3 a 1 sobre o Guarani, novamente com os titulares poupados, e convenceu a comissão técnica de que poderia ser mais utilizado - a ponto de o clube topar rescindir o vínculo do experiente Anderson Martins, até então reserva imediato dos consolidados Arboleda e Bruno Alves.
A partir do jogo contra o Sport, Fernando Diniz montou a zaga com Diego e Léo, lateral improvisado. Os dois demonstram muita personalidade na saída de bola, com passes que procuram romper a primeira linha de marcação do adversário, e também estão firmes na marcação. Com eles juntos, o São Paulo só tomou o gol de Ramiro, do Corinthians. Não foi vazado nem por Sport e nem por Athletico-PR.
Quem conviveu com o garoto de 21 anos no CFA de Cotia diz que ele sempre foi "líder nato", que "lidera pelo exemplo". O vídeo de bastidores feito pelo clube após a vitória no clássico mostra que, mesmo jovem, ele tomou a palavra no vestiário antes da subida ao gramado.
Vídeo de bastidores do jogo de ontem dá a medida. Garoto de 21 anos tomando a palavra no vestiário antes de um clássico. pic.twitter.com/RksuuW7xpV
— Fellipe Lucena (@fellucena) August 31, 2020
Diego renovou seu contrato com o São Paulo logo após a conquista da Copinha. O vínculo dele é válido até dezembro de 2022. Além da Copinha e da Supercopa do Brasil, ele também foi campeão do Brasileiro de Aspirantes em 2018,da Copa do Brasil sub-20 no mesmo ano, da Copa RS em 2017, da Taça BH sub-17 em 2016 e do Paulista sub-17 em 2016.
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