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Filosofia de Emerson Leão ajudou São Paulo a lidar com atraso de Cueva

Dorival Júnior queria uma solução rápida para o caso envolvendo a volta do peruano após classificação para a Copa e chegou a falar com o elenco; diretoria decidiu multar o jogador

Há 29 anos, Leão ensinou a Dorival que problemas devem ser resolvidos rapidamente
imagem camera(Foto: Miguel Schincariol/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 20/11/2017
00:54
Atualizado em 20/11/2017
11:32

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“Um problema não pode durar mais de 24 horas.” Dorival Júnior aprendeu isso com Emerson Leão em 1988, quando ainda era volante e foi comandado pelo ex-goleiro no São José. Desde então, o atual técnico do São Paulo leva a frase como um ensinamento, e essa pressa na busca pela solução norteou a postura do clube em relação ao atraso de Cueva na volta da seleção, em passos que tiveram até a busca por respaldo do elenco para o peruano ter jogado nesse domingo.

A filosofia de Leão, que foi treinador no São Paulo entre 2004 e 2005 e de 2011 a 2012, é de que, caso o problema demore mais de 24 horas para ser resolvido, a solução vai ficando cada vez mais longe do controle. Pensando assim, Dorival já tinha pedido, por exemplo, para a diretoria do Palmeiras punir Valdivia por ter sido expulso devido a uma agressão em jogo contra o Flamengo, em 2014. Agora, com Cueva, no Tricolor, os dirigentes optaram pela multa.

Cueva comprometeu diretamente a programação são-paulina. O meia deveria desembarcar no Brasil na sexta-feira à noite e Dorival já tinha montado um treino no sábado de manhã para armar um time com ele e Lucas Fernandes substituindo o suspenso Hernanes na armação. A comissão técnica se surpreendeu ao saber que o peruano ainda não tinha voltado, e Shaylon foi titular.

Dorival expôs o que pensava da situação, e a diretoria decidiu multá-lo. Ainda assim, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva deu entrevista no Pacaembu tentando minimizar o atraso do jogador, ressaltando que ele tinha classificado o Peru para uma Copa do Mundo pela primeira vez após 36 anos. A estratégia de Leco foi tentar diminuir o linchamento que o jogador recebeu nas redes sociais, mas o camisa 10 sentiu o peso do atraso no bolso.

A decisão de levar Cueva ao jogo não foi tomada só na intenção de Dorival. O elenco estava concentrado, e o técnico fez questão de buscar respaldo em seus comandados. Quis descobrir o que pensariam caso o peruano aparecesse entre os relacionados. Sentiu a aprovação e, por isso, o meia ficou no banco, mesmo tendo chegado ao Brasil por volta das 6h de domingo. Ainda atuou por quase 40 minutos no segundo tempo.

Nenhum dirigente deve falar mais sobre o caso ou confirmar a multa publicamente. Cueva já elogiou a postura da diretoria de ajudar os jogadores em qualquer assunto, e Leco e o diretor executivo de futebol Vinicius Pinotti não querem que essa relação de confiança seja perdida. A expectativa de Dorival é que o caso fique para trás, até porque, como Leão o ensinou, a solução foi achada para o problema em menos de 24 horas.

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