Atento ao mercado para reforçar o elenco a pedido do técnico Rogério Ceni, a diretoria do São Paulo apenas monitora a situação dos nomes que mais empolgam o torcedor, casos do meia Everton Ribeiro e o atacante Calleri. As duas contratações são dadas como improváveis hoje. No entanto, com a liberação nos últimos dias do trio Breno, Wellington e Neilton, houve uma economia mensal de cerca de R$ 400 mil, valor que permite ao clube projetar uma aquisição de mais peso.
O São Paulo emprestou Breno e Wellington ao Vasco até o fim do ano, e liberou o atacante Neilton, que estava emprestado pelo Cruzeiro, ao Vitória. Juntos, os rendimentos dos três chegavam a R$ 400 mil por mês. Até o fim do ano, significa economia de R$ 2,8 milhões. Valor que pode ser revertido para uma contratação que venha atender melhor os interesses do técnico Ceni.
No momento, a busca maior é por um meia para fazer frente a Cueva, que vive má fase, e um atacante que atue pelos lados do campo. Neste ponto, não se encaixa Calleri. A posição de centroavante é dada como resolvida no grupo, com Pratto em ótima fase, e Gilberto como artilheiro do time no ano com 11 gols. Assim, o encontro do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva com o atacante argentino nesta semana será mais pela amizade entre eles. Calleri estará de férias no Brasil, visitará ao CT e encontrará Leco, por quem nutre enorme respeito.
A situação de Everton Ribeiro é igualmente complicada e faz o São Paulo acompanhar com cautela. A informação que a diretoria tem é de que ele tem negociações avançadas com o Flamengo, que poderá pagar valor que não está ao alcance do Tricolor agora. Fala-se em 7 milhões de euros (cerca de R$ 25 milhões) só pela transação, sem contar os salários acima de R$ 500 mil mês. O alento é que a diretoria já ouviu que o jogador teria interesse em atuar no Morumbi.
Não está descartado um investimento de mais risco, com valores acima, até porque o São Paulo também tem movimentação de saída. Rodrigo Caio é alvo do futebol italiano e interessa à Inter de Milão. Caso uma negociação por ele seja concretizada, o clube terá força para ir ao mercado atrás de um grande reforço.
A diretoria ainda conta com a venda de Centurión ao Boca Juniors (ARG), para o qual está emprestado até 30 de junho. Nessa mesma data, chega ao fim os contratos do volante João Schmidt e do atacante Chavez, que não serão estendidos, dando ainda mais respiro à folha salarial. Sem contar que o mesmo ode acontecer com Lugano, cujo vínculo também acaba em 30 de junho, mas ainda há chance de renovar, segundo a cúpula.
Por ora, o alívio na folha salarial já é o indício de que pode pintar uma novidade. O técnico Rogério Ceni conta com ela, como acenou após a vitória sobre o Palmeiras no último sábado.
- São 38 finais a meu ver. É assim no Campeonato Brasileiro. Para se manter no pelotão de cima, com Santos, Palmeiras, Flamengo, Fluminense,.. Se a gente conseguir se manter próximo a esse bloco e se fortalecer no ano, com alguma contratação, e na maneira de entender o jogo, temos chance de fazer uma boa campanha - disse o técnico.