Folião Gilberto brilha, mas São Paulo cede empate ao Novorizontino no fim
Novidade de um Tricolor recheado de reservas, centroavante confirmou boa fase com um gol e uma assistência, mas time voltou a vacilar e pagou pelos erros fora de casa
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O clima estava adverso pela chuva, o local não reunia as melhores condições, o espaço era pouco. Mas de que importa quando o folião é daqueles que não tem tempo ruim? Pois carnaval é com Gilberto, autor de um gol e uma assistência neste sábado contra o Novorizontino, em Novo Horizonte, pelo Campeonato Paulista. O azar dele é que o São Paulo não se inspirou no seu goleador e deixou o time da casa atravessar o samba. Novamente, o time sofreu o empate no fim do jogo, como já tinha sido contra o Mirassol: 2 a 2.
O gol no fim, mais uma vez por falta de atenção, encobriu uma grande atuação do centroavante sem grife. Chuva no bloquinho? Gilberto não liga de se molhar. Corre, pula, briga. Marca. Quando o jogo estava congestionado feito as vias que recebem a folia pelo país, o centroavante achou espaço na área para colocar o Tricolor na frente, aos 29 minutos do primeiro tempo. Ele completou ótimo cruzamento de Bruno, aquele amigo que está sempre pronto para servir uma bebida, guardar seu lugar ou defender. Grande partida do lateral-direito.
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Sempre ligado, ao contrário do time, Gilberto faz a torcida do São Paulo esquecer de Lucas Pratto pelo menos por um dia. O camisa 17 não se importa se o colega, poupado assim como Maicon e Cueva, faz mais sucesso no baile, se tem mais fama. Veja o que ele disse no intervalo, quando já era o cara do desfile. Naquele momento, os dois times faziam partida equilibrada, o Novorizontino até tinha chegado mais, mas Denis fez duas boas defesas.
- Legal, né? (A concorrência com Pratto). É bom para o São Paulo. Estou feliz aqui e tenho que trabalhar cada vez mais. Estou feliz que estamos saindo com a vitória, agora no segundo tempo vamos tentar trabalhar mais a bola, melhorar esse último passe para matar a partida - disse o "Gibagol".
E Gilberto bem que tentou. Rogério Ceni voltou mais cauteloso e promoveu a estreia de Jucilei no lugar do meia Shaylon. O São Paulo jogaria por uma bola no contra-ataque. E ela veio logo aos 7, pela cabeça de Gilberto. Ele deu aquela famosa raspadinha que colocou o bom Thiago Mendes na cara do gol. O volante não desperdiçou e coroou uma boa atuação. Festa tricolor.
A partir daí, o São Paulo travou uma luta para não sofrer como de costume. A segunda pior defesa do campeonato estava bem, com Lugano e, principalmente, Breno seguros, mas foi justamente o camisa 33 que causou emoção no jogo e colocou tudo por água abaixo. Primeiro, fez pênalti, que Roberto converteu com firmeza. Denis ainda acertou o canto. Depois, aos 43 minutos, quando Gilberto já nem estava mais em campo, o zagueiro não conseguiu subir com Railan, que teve até facilidade para cabecear e atravessar o samba do São Paulo: 2 a 2.
Novamente, fica a lição para o São Paulo. Uma escola não pode viver da alegria e sucesso de alguns de seus foliões, muito menos de um só. A harmonia faz toda a diferença. E, neste quesito, o time está longe de ganhar nota 10. Mas quem quiser inspiração para cair na farra, pode se espelhar em Gilberto.
E é sempre bom lembrar: se beber, não dirija.
FICHA TÉCNICA
GRÊMIO NOVORIZONTINO 2 X 2 SÃO PAULO
Local: Doutor Jorge Ismael de Biasi, Novo Horizonte (SP)
Data-Hora: 25/2/2017 - 19h30
Árbitro: Salim Fende Chavez
Auxiliares: Alberto Poletto Masseira e Luiz Alberto Andrini Nogueira
Público/renda: não disponíveis
Cartões amarelos: Cléo Silva (NOV), Buffarini, Breno e Lugano (SAO)
Cartões vermelhos: Não houve
Gols: Gilberto (29'/1ºT) (0-1), Thiago Mendes (7'/2ºT) (0-2); Roberto (22'/2ºT) (1-2). Railan (43'/2ºT) (2-2);
G. NOVORIZONTINO: Tom; Railan, Domingues, Guilherme Teixeira e João Lucas; Cléo Silva, Doriva, Fernando Gabriel (Artur, aos 36'/2ºT) e Roberto; Henrique (Everaldo, aos 10'/2ºT) e Alexandro (Nilson, aos 10'/2ºT). Técnico: Junior Rocha.
SÃO PAULO: Denis; Bruno, Lugano, Breno e Buffarini; João Schmidt, Thiago Mendes, Araruna e Shaylon (Jucilei, no intervalo); Neilton (Luiz Araújo, aos 18;/2ºT) e Gilberto (Chavez, aos 35'/2ºT). Técnico: Rogério Ceni.
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