Gol chorado de Kelvin salva o São Paulo de derrota contra o Linense
Atacante mostra oportunismo nos acréscimos e evita vexame do Tricolor em São José do Rio Preto. Michel Bastos perde o segundo pênalti na temporada em jogo monótono
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Toda turma tem aquele torcedor mais desprendido, que adora passar os jogos inteiros conversando e abordando aleatoriedades. Na maioria das vezes, esse personagem é perseguido pelos mais concentrados na tela da TV. Mas, em 2016, os tagarelas ganharam sobrevida com os monótonos jogos do São Paulo. Nesta quarta-feira, por exemplo, não faltou tempo para amenidades no empate em 1 a 1 contra o Linense. Não faltou ira com mais um tropeço tricolor.
No primeiro tempo, por exemplo, as histórias infinitas e inoportunas dos nossos falastrões só foram interrompidas duas vezes. Aos 13 minutos, Thiago Humberto arrancou com liberdade incomum e parou em grande intervenção de Denis - na sala, o pentelho interveio falando de política, impeachment, Sérgio Moro... Depois, aos 26, mais um "cala a boca", com o pênalti sofrido pelo lateral-direito Bruno e desperdiçado por Michel Bastos.
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O camisa 7, assim como nosso herói de resistente cordas vocais, não teve medo de aparecer - e errar. O problema é que, pela segunda vez no ano, ele encontrou a trave em uma penalidade, como quando um torcedor mais fervoroso parte para a ignorância com aquele que fala demais. A paciência dos mais exaltados foi se esgotando, transformou-se em raiva, até que o jogo em São José do Rio Preto ficou tão arrastado que o tagarela tornou-se herói.
De vítima de tapas e xingamentos, a risadas e discussões filosóficas. A reunião de amigos, de pés na mesa de centro, cervejas e refrigerantes descongelando, só era interrompida por uma chance ou outra que mal levava perigo ao goleiro Oliveira. Edgardo Bauza, cada vez mais criticado do que o falastrão, fez as três alterações de sempre no São Paulo ao lançar Kelvin, Alan Kardec e Lucas Fernandes. Nada resolvia, nada funcionava. Para os tricolores.
Aos 39 minutos, o volante Zé Antônio roubou a atenção no estádio Anísio Haddad e nas reuniões de amigos. Os linenses - e os rivais - vibraram com o golaço que deixou Denis vendido e fez o marcador se recuperar do pênalti cometido no primeiro tempo. O amigo inconveniente tentava se aproveitar da festa dos rivais para seguir com seu show particular, mas aos 48 minutos mais uma vez a televisão recuperou os olhares de todos.
Foi Kelvin, o primeiro trunfo de Bauza, quem completou a confusão na área para as redes. O empate não evitou que o Osasco Audax voltasse à liderança com 21 pontos, contra 19 do Tricolor, mas minimizou a volta da crise. Nesta quinta-feira, será preciso torcer contra a Ferroviária, que visita o Santos na Vila Belmiro. Depois, restarão os duelos com Oeste e São Bento para tentar chegar às quartas de final do Campeonato Paulista. O São Paulo segue sem vencer como visitante no Estadual, mas soma cinco partidas de invencibilidade, com quatro empates e uma vitória. Agora, podem voltar a conversar.
FICHA TÉCNICA
LINENSE 1 X 1 SÃO PAULO
Local: estádio Anísio Haddad, em São José do Rio Preto (SP)
Data-Hora: 30/3/2016 - 19h30 (horário de Brasília)
Árbitro: Vinícius Golçalves de Araújo
Auxiliares: Miguel Cataneo Ribeiro da Costa e Rafael Tadeu Alves de Souza
Público/Renda: 10.510 pagantes / R$ 518.000,00
Cartões amarelos: Zé Antônio, Oliveira, Rógerio e Marcão (LIN), Carlinhos, Ganso e Alan Kardec (SAO)
Gols: Zé Antônio 39' 2ºT (1-0), Kelvin 47' 2ºT (1-1)
LINENSE: Oliveira; Paulo Henrique (Marcão 41' 2ºT), Jorge Luiz, Adalberto e Rogério; Leandro Brasília, Bileu, Zé Antonio, Anderson Aquino (Ricardinho 15' 1ºT) e Thiago Humberto (Fillipe Soutto 17' 1ºT); William Pottker. Técnico: Moacir Júnior
SÃO PAULO: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Carlinhos; Hudson, Thiago Mendes (Lucas Fernandes 31' 2ºT), Daniel (Kelvin 12 2ºT), Ganso e Michel Bastos; Calleri (Alan Kardec 27' 2ºT). Técnico: Edgardo Bauza
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