Há 29 anos, São Paulo vencia o Barcelona de virada e conquistava o seu primeiro título mundial
Com dois gols de Raí, o Tricolor superou o time espanhol por 2 a 1, em Tóquio, para ganhar o troféu, que em 1993 a equipe dirigida por Telê Santana voltaria a faturar ao bater o Milan
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Há exatos 29 anos, no dia 13 de dezembro de 1992, o São Paulo conquistou o seu primeiro título do Mundial Interclubes ao vencer o Barcelona por 2 a 1, de virada, com dois gols de Raí, no estádio Nacional de Tóquio, no Japão, onde já em 1993 o time comandado pelo saudoso técnico Telê Santana faturaria o bicampeonato da competição ao superar o Milan por 3 a 2 em outra decisão.
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Naquela ocasião, seis meses depois de ter vencido a Copa Libertadores com um triunfo nos pênaltis sobre o Newell's Old Boys, no Morumbi, o Tricolor desbancou o favoritismo do Barça, então dirigido pelo lendário Johan Cruyff, que tinha nomes como o goleiro Zubizarreta, Ronald Koeman e Guardiola na zaga, Michael Laudrup no meio-campo e ainda o artilheiro Stoichkov.
E foi justamente Stoichkov que abriu o placar do jogo aos 12 minutos da etapa inicial, quando acertou um belo chute de fora da área que entrou no ângulo direito do goleiro Zetti, que nada pôde fazer para impedir o golaço do búlgaro.
O São Paulo, porém, não deixou se abater com o gol e reagiu rápido. Depois de quase marcar em chutes de fora da área de Cafu e Ronaldo Luiz, o time empatou aos 27 minutos, quando Müller fez uma linda jogada pela esquerda, fintando um defensor e cruzando para Raí desviar para as redes usando a cintura após se antecipar a um marcador na entrada da pequena área.
Depois disso, as emoções foram fortes, com Müller quase virando a partida ao encobrir Zubizarreta e ver um defensor salvar o gol embaixo das traves. Do outro lado, ainda no final do primeiro tempo, o lateral-esquerdo Ronaldo Luiz fez o mesmo ao impedir um novo tento do Barcelona ao também ser salvador sobre a linha da meta quando Zetti estava batido no lance em um ataque rival.
No segundo tempo, o São Paulo passou a pressionar o Barça, mas vinha parando em boas defesas do goleiro espanhol. Porém, aos 34 minutos, ele nada pôde fazer na jogada que definiu o confronto. Em uma cobrança de falta em dois lances, Raí tocou para Cafu, que apenas parou a bola para o camisa 10 bater com categoria no ângulo direito de Zubizarreta. Um golaço em Tóquio.
Depois de marcar o gol, Raí fez questão de sair correndo para abraçar Telê Santana, que exibia um largo sorriso no rosto na beira do campo e vivia ali um dos muitos capítulos gloriosos de sua passagem como treinador são-paulino. O Mestre, como era conhecido, também saboreava um sentimento de "alma lavada" dez anos após ter amargado, com a fantástica Seleção Brasileira de 1982, a dura eliminação contra a Itália na Copa do Mundo da Espanha.
Naquele 13 de dezembro de 1992, o Tricolor foi escalado por Telê com Zetti; Vítor, Adílson, Ronaldão e Ronaldo Luís; Pintado, Toninho Cerezo, Raí e Cafu; Palhinha e Müller. No decorrer do confronto, Dinho substituiu Cerezo aos 38 minutos da etapa final. Cerezo, por sinal, que foi um dos vilões da queda do Brasil no Mundial realizado dez anos antes ao falhar em um dos gols da Itália.
Cerezo também teve foi importante para a conquista do São Paulo sobre o Milan no ano seguinte, quando fez um dos gols da vitória por 3 a 2 em nova final em Tóquio. Depois disso, em 2005, o Tricolor faturaria o tricampeonato mundial ao derrotar o Liverpool por 1 a 0 em mais uma decisão no Japão.
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