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Hudson vê ‘respeito’ como capitão do São Paulo, mas diz: ‘É só um símbolo’

Volante carregou a faixa nos dois últimos jogos da Libertadores e pede cuidado dos colegas ao reclamar com o árbitro colombiano Wilmar Roldán, contra o Atlético-MG

Hudson coletiva 'DR'
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 09/05/2016
11:58
Atualizado em 09/05/2016
13:39

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O São Paulo tem um novo capitão. O volante Hudson ocupou o posto após a suspensão do goleiro Denis e agora deve ser mantido no cargo pelo técnico Edgardo Bauza. O próximo compromisso será às 21h45 de quarta-feira, contra o Atlético-MG, e o camisa 25 já se prepara estudando o árbitro colombiano Wilmar Roldán, escalado pela Conmebol para o duelo no Morumbi.

- É importante saber a postura do árbitro, principalmente quando tem um histórico (diretoria do Tricolor reclama de expulsões recentes). É importante não reclamar de forma acintosa. Temos que tomar cuidado para não ser penalizado ou expulso por reclamação. Nesta fase é inadmissível. É uma responsabilidade muito grande ser capitão. Tem muitos líderes aqui, então a faixa é apenas um símbolo que carrego com felicidade - disse o marcador.

Em 2015, Hudson já havia sido capitão em duas partidas. Uma com Milton Cruz, no Campeonato Paulista, quando o São Paulo venceu a Portuguesa por 3 a 0 no Morumbi, e depois com Juan Carlos Osorio, que promovia rodízio durante lesão de Rogério Ceni. Neste ano, o volante terminou o jogo contra o The Strongest com a faixa após a expulsão de Denis. Com o goleiro fora do jogo de ida das oitavas de final contra o Toluca (MEX), manteve o posto e assim seguiu na volta.

- Isso de ter mais respeito é bem natural quando acontece. Não que me olhem de outra maneira, mas há um respeito maior. Tenho uma boa relação com todos e eles até brincam com essa novidade devido a nossa intimidade. Espero representar bem sempre. Talvez seja porque lido bem com todos, porque tenho dois anos de São Paulo ou porque jogo numa posição central e fica mais fácil falar com todos - afirmou Hudson.

Denis - Sao Paulo
Denis foi o capitão são-paulino nas primeiras fases da Copa Libertadores da América (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Para o jogo de ida das quartas de final contra o Atlético-MG, o volante mais uma vez terá Thiago Mendes como companheiro no meio de campo. A diferença é que Paulo Henrique Ganso estará presente na armação, com Wesley e Kelvin nas pontas. A presença de Wesley se dá pela dúvida na escalação de Michel Bastos, que se recupera de edema na coxa direita.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Hudson:

Qual a expectativa pelo aproveitamento de Michel Bastos na quarta-feira?

Ele estava muito bem, fazendo gols, ajudando a equipe e mostrando qualidade. Ele fica aqui o dia inteiro fazendo o máximo para estar no jogo. Carlinhos fará um exame também, mas temos que esperar. O melhor vai acontecer. O Wesley está à disposição e não sei se o Bauza pensou em outra coisa, mas quem entrar vai dar conta do recado. Wesley deve ficar na ponta mesmo, algo bem definido. A diferença é que ele marca mais e pode dar mais liberdade para os volantes.

O que espera do Atlético-MG?
Eles estão crescendo ano a ano, acostumados a jogar Libertadores. Serão jogos duros, com vantagem para eles por decidirem em casa, mas temos nossa força no Morumbi também. Em jogos grandes assim não há favoritos. Independentemente deles terem perdido a final do Mineiro, será um grande embate. Eles se conhecem muito bem e têm um ótimo padrão de jogo. 

'Bateram nosso recorde de público, mas a torcida do São Paulo não vai deixar por isso mesmo'

Quanto o Morumbi é importante para a equipe?
Representa muito, muito mesmo. É uma motivação extra, que nos empurra o tempo todo e intimida o adversário. Quando o adversário passa naquele corredor da torcida ele certamente sente. Apesar da torcida ficar distante, 60 mil pessoas fazem a diferença. Estamos usando isso muito bem. Bateram nosso recorde (finais do Cearense e do Carioca), mas a torcida do São Paulo não vai deixar por isso mesmo. O recorde voltará a ser nosso na quarta-feira.

As sete eliminações seguidas para brasileiros incomodam?
É uma motivação a mais acabar com essa sina, esse tabu. Antes também eliminamos várias vezes outros brasileiros, então é uma situação aberta. Podemos acabar com isso. Estávamos devendo contra grandes e jogos importantes e viramos. Contra o Atlético precisamos manter a pegada para reverter isso também. Não dá para falar em título. Nos fechamos quando passamos do The Strongest para ir longe, mas passo a passo. Foi o Toluca, agora é o Atlético. As coisas precisam acontecer naturalmente.


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