Leco convoca sócios para assembleia de reforma do estatuto do São Paulo
Em carta publicada no site oficial do Tricolor, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva exaltou a importância da votação marcada para as 9h de sábado no Morumbi
O sábado, 3 de dezembro, será um dia importante para o futuro do São Paulo. Em assembleia geral para sócios, será votada a aprovação do novo estatuto social do clube, elaborado a partir de emendas e sugestões de associados e conselheiros enviadas desde agosto. E, para reiterar a importância do processo, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva publicou carta no site oficial do Tricolor para convocar os sócios para a assembleia.
Para chegar na votação final, que será feita das 9h às 14h no ginásio 4 do Morumbi, foram quatro etapas. A primeira, em agosto, também contou com assembleia geral, mas para legitimar ou cancelar alterações feitas no estatuto a partir de 2004 e que eram questionadas na Justiça. O "sim" venceu e abriu-se o processo de reforma com participação de associados, algo inédito no clube.
Uma comissão de sistematização foi composta por Leco e pelo presidente do conselho deliberativo, Marcelo Pupo, para receber sugestões de alteração ao texto e novas emendas. Qualquer sócio pôde enviar os documentos, que foram filtrados, reunidos e editados pela comissão e levados à votação. O texto final foi aprovado de forma unânime pelos conselheiros no dia 22 de novembro.
Confira a íntegra da carta publicada por Leco:
"No próximo dia 3 de dezembro, sua participação será mais uma vez fundamental para definir os rumos do São Paulo FC. É com grande satisfação que convido você a participar da Assembleia Geral que decidirá pela aprovação do novo Estatuto Social, o primeiro da história do nosso clube a ser elaborado a partir das propostas e sugestões encaminhadas pelos associados titulares. A Assembleia será realizada entre 9hs e 14hs, no Ginásio 4, localizado na sede social.
O texto final é resultado de um criterioso trabalho da Comissão de Sistematização de Reforma Estatutária – nomeada por mim e pelo Presidente do Conselho Deliberativo, Marcelo Pupo –, da qual participaram conselheiros e associados altamente qualificados, das mais diversas orientações, a fim de garantir um documento equilibrado e consistente, sintonizado com os desafios contemporâneos e com as melhores práticas de gestão, que colocará nosso clube novamente na vanguarda do futebol brasileiro. Estou seguro de que o São Paulo FC terá o estatuto mais moderno do país, o que honra nossa tradição e engrandece nossa história.
Enfrentamos, num primeiro momento, uma campanha ruidosa de setores da oposição contra a elaboração do novo estatuto. A campanha do NÃO, por ocasião da primeira consulta aos associados, contou com estrutura profissional, aporte de recursos vultosos e apelou em vão para baixarias com o único intuito de precipitar uma disputa política que só interessava a esses grupos. A comunidade são-paulina respondeu nas urnas votando SIM, a favor da reforma, o que renovou em mim a confiança de que agimos no rumo certo e deu o respaldo necessário à continuidade dos trabalhos, no âmbito das comissões.
A aprovação do texto por unanimidade na última reunião do Conselho Deliberativo (inclusive por quem votou contra a reforma na Assembleia) exprimiu de forma inequívoca que alcançamos uma importante convergência entre os representantes do clube eleitos pelos associados. O resultado é um sinal efetivo de maturidade e reforça em nós a convicção de que será ratificado na Assembleia.
Gostaria de reiterar a importância da sua participação no próximo dia 3, confiante de que, com a vitória do SIM, pela aprovação do estatuto, estaremos juntos escrevendo um capítulo decisivo na reconstrução do nosso clube.
Contamos com a presença de todos. Venha fazer história.
Um abraço cordial,
Carlos Augusto de Barros e Silva (Leco)"
Direito de resposta: Um dos grupos de oposição no conselho deliberativo do São Paulo, o Social Tricolor considerou "sem necessidade" a inclusão de reclamações de Leco contra a campanha pelo "Não" na assembleia de agosto. Segundo o grupo, a insatisfação era contra a votação única pela criação de um novo estatuto e para legitimar das mudanças consideradas ilegais a partir de 2004. O grupo propunha duas votações distintas, o que não ocorreu. Outros grupos, mais radicais, fizeram forte campanha negativa no caso, mas, obviamente, integraram a unânime aprovação do texto final semana passada.