Carlos Augusto de Barros e Silva assumiu a presidência do São Paulo em “mandato-tampão“ pela renúncia de Carlos Miguel Aidar, mas está mais para Dilma Rousseff do que para Michel Temer, ex-presidenta e atual presidente da República. Guardadas as devidas proporções, os relatos sobre a atuação política do são-paulino constavam na boca dos interlocutores e críticos de Dilma.
Não querer receber conselheiros que mais atrapalham do que ajudam, manter em sua diretoria um dirigente depois de ele ter sido expulso do Conselho, aceitar a demissão de outro querido por torcida e oposição: são exemplos de atitudes de Leco que fogem à política convencional, regada pelo conchavo. Essa foi uma característica apontada no governo da presidenta impichada.
Não sou capaz de entrar no mérito da qualidade política de Leco e da ex-presidenta, mas é possível dizer que tal forma de governar requer convicção, habilidade e apoio. Caso contrário, as coisas podem desandar sem que o governante perceba.