Lugano avalia proposta para se tornar dirigente no São Paulo
Zagueiro uruguaio tem contrato até o final desta temporada e ainda não está certo se encerrará ou não sua carreira como jogador de futebol, mas revela procura da diretoria
Lugano fica sem contrato no final do ano e, em meio à expectativa de que ele seja titular na última partida do São Paulo na temporada, contra o Bahia, no dia 3, no Morumbi, a diretoria já o procurou para continuar no clube. Mas não como jogador. O próprio uruguaio revelou uma proposta para atuar como dirigente no Tricolor.
– A diretoria do São Paulo me perguntou o que quero fazer da minha vida, porque tem um projeto dentro do clube para mim. Tivemos várias conversas extraoficialmente. Obviamente, o São Paulo quer contar com a minha figura dentro do planejamento do clube. Ainda não tenho decidido se vou parar ou não – disse ao Esporte Interativo, incerto sobre o que fará em 2018.
– O medo de dar esse passo para o jogador sempre é complicado. E também sinto que falta entrar em campo mais algumas vezes para fechar essa etapa. É como se faltasse algo. Mas há essa conversa informal com o São Paulo. E quero deixar clara uma coisa: eles se preocupam e querem dentro do São Paulo o meu profissionalismo e o meu caráter. Não a minha figura - prosseguiu.
Lugano não joga desde 2 de julho, e segue sem entrar em campo sob o comando de Dorival Júnior. Em junho, quando acertou sua permanência por mais um semestre, ele ouviu da diretoria uma oferta para realizar um jogo de despedida da carreira, no Morumbi, ficando com parte da bilheteria. Mas não gostou da ideia, já que considera injusto com outros ídolos que não tiveram essa chance e, também, porque ainda não decidiu se vai mesmo se aposentar.
- A diretoria me propôs um jogo de despedida, quando eu quisesse, do tamanho do que foi o do Rogério. Não há maior prestígio para um gringo que está no maior time do mundo, no país do futebol. Só tenho gratidão. E é um negócio, gera muito dinheiro para o homenageado. Não fiquei bravo. Só falei para a diretoria: não me sinto neste tamanho. Careca, Dario Pereyra e Raí não tiveram despedida. O Lugano vai ter?! Não posso aceitar. Eu iria passar mal, morrer de vergonha. E eles entenderam - contou.
- A homenagem que a torcida são-paulina me faz não tem preço. É algo tão impressionante que nem se imagina. E eu não entendo, é incrível. Mas não acho justo outras figuras com tamanho maior do que o meu no São Paulo não terem algo que eu teria. Eu me sentiria com vergonha. Já falei para a diretoria: não tem condição.