Lugano bate recorde sem jogar e controla nervos para não atrapalhar
Uruguaio nunca ficou tanto tempo sem entrar em campo desde que voltou ao São Paulo, no começo do ano passado, e segura seu temperamento para ajudar o clube a não cair
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No próximo domingo, contra o Vitória, Lugano completará 77 dias desde a última vez em que entrou em campo, seu maior tempo sem jogar nesta passagem pelo São Paulo. Uma situação que não o agrada, assim como a presença do clube na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro por 11 rodadas e, atualmente, em penúltimo lugar. Mas o uruguaio, agora, só pensa em controlar seus nervos para não atrapalhar.
O jogador de 36 anos está longe de estar satisfeito com qualquer aspecto que vive no Tricolor atualmente. Não reclamou das vezes em que ficou na reserva ou até fora do banco desde que voltou ao clube, no começo do ano passado, e segue sem questionar Dorival Júnior. Mas respira fundo. Já relatou a amigos que gostaria de ajudar mais dentro de campo, mas sabe que, se ceder ao seu temperamento, pode acabar gerando prejuízo.
A última atuação de Lugano foi em 2 de julho, na derrota por 2 a 0 para o Flamengo, no Rio de Janeiro, que culminou com a demissão de Rogério Ceni. Com Dorival Júnior, chegou a ficar fora do banco por conta do excesso de estrangeiros e até levou cartões amarelos, mesmo na reserva, por reclamar da arbitragem e invadir o campo para comemorar gol. Nesse período, foi até personagem de vídeo do São Paulo por suas reações na virada por 3 a 2 sobre o Cruzeiro, em 13 de agosto, na última vitória do time. Mas não jogou.
Nas duas semanas sem partidas do Brasileiro, Lugano treinou na vaga de Arboleda, que cumpriu suspensão contra a Ponte Preta, na maior parte do tempo. Mas Dorival escolheu o recém-contratado Bruno Alves, e o uruguaio lamentou, mais uma vez, por não poder ajudar com seu futebol. Sente que poderia ser útil em meio ao momento de fragilidade defensiva da equipe, a terceira que mais levou gols no Brasileiro.
A sensação do camisa 5 é de que poderia ajudar mais. Suas atuações como líder fora de campo, como exerceu na maioria do tempo desta segunda passagem pelo São Paulo, não têm sido suficientes para tirar a equipe da crise. Lugano relata a amigos que gostaria de fazer mais, e isso só poderia acontecer se, enfim, entrasse em campo.
Antes desse longo período atual, o maior tempo de Lugano sem disputar uma partida tinha sido no fim do ano passado. Atuou em 1º de outubro no 0 a 0 diante do Flamengo e não foi mais escalado. Entre essa partida e a última rodada do Brasileiro, disputada em 11 de dezembro, passaram-se 71 dias sem jogar, seis dias a menos do que será completado neste domingo, e o zagueiro pouco tem chances, a princípio, de enfrentar o Vitória.
Em junho, a contragosto dos principais aliados do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o uruguaio renovou seu contrato, aceitando drástica redução salarial, até o final do ano. Pesou na decisão de Lugano o seu carinho pelo São Paulo. E ele diz a amigos que se controla para não atrapalhar com seu temperamento, engolindo o que acontece na esperança de não encerrar sua carreira no clube com um inédito rebaixamento.
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