Maicosuel deixa infância corintiana para trás: ‘Hoje, sou são-paulino’
Novo camisa 7 do Tricolor garantiu que qualquer simpatia pelo arquirrival já passou faz tempo, ressaltou grandeza do novo clube e já quer estrear nesta quinta, no Morumbi
Maicosuel chegou ao São Paulo para fazer exames médicos na manhã desta quarta-feira, assinou contrato até 31 de maio de 2020 e já vestiu a camisa 7, com a inscrição "Maico", empolgado para estrear já nesta quinta-feira, contra o Vitória. Usou tudo isso para mostrar que, apesar de ter admitido que torcia pelo Corinthians, a simpatia pelo arquirrival ficou para trás.
- Todo mundo teve infância, mas já passou. Tenho Botafogo e Atlético-MG como grandes clubes no meu coração. Hoje é o São Paulo que coloca comida na minha casa, eles que abriram a porta para mim. Não preciso agradar ninguém. Mas Corinthians, Palmeiras ficam todos para trás. Já falei do Botafogo e vou passar mais tempo aqui do que na minha casa. Não como não gostar de um clube dessa grandeza. Hoje, sou são-paulino.
A declaração do meia-atacante é uma explicação de uma entrevista que deu ao LANCE!, em dezembro de 2013. Na época, negociava sua saída da Udinese, da Itália, para reforçar a equipe alvinegra da capital paulista e chegou a dizer que, quando criança, era "corintiano doente".
Agora, porém, o jogador de 30 anos, vindo do Atlético-MG por 1 milhão deu euros (quase R$ 4 milhões), não faz nem promessas à torcida. Só quer saber de provar sua qualidade em campo.
- Vou dar meu máximo, como sempre fiz. O torcedor acredita em mim, mas não me adianta ficar falando nada aqui. Tenho que fazer em campo - disse, torcendo para que sua documentação fique pronta e seu nome apareça no BID da CBF até 19h desta quarta-feira, para estar à disposição de Rogério Ceni contra o Vitória.
- Estou aqui e pronto. Não sei se a burocracia vai acertar, mas já deixei claro para o Rogério que estou aqui, à disposição, e quero jogar - falou Maicosuel que, caso não esteja liberado, fará sua estreia exatamente contra o Corinthians, no domingo, em Itaquera.
Confira outros temas abordados por Maicosuel em sua apresentação na tarde desta quarta-feira:
Por que o São Paulo?
Primeiramente, a grandeza do São Paulo. Clube mundialmente conhecido, com história fantástica. Qual jogador não quer atuar em equipe desse porte? Eu estava em grande clube, mas o que me fez vir foram a grandeza e o interesse da diretoria do São Paulo e do Rogério.
Oscilações na carreira
Oscilei, mas tenho status de bom jogador pelo que fiz. Oscilei, mas espero, no São Paulo, ter novo status de bom jogador, incisivo, de jogadas, sem oscilar, sem lesões. espero conseguir ser um grande jogador de novo.
Rogério Ceni
Falei com ele ontem e hoje. Não preciso agradar ninguém, mas quem sou eu para falar dele? É um cara vitorioso, cheio de títulos, com uma vida no clube. Vamos nos dar bem
Posição preferida
Posso jogar pelo meio ou nas pontas. O que quero é jogar. Vim para isso, respeitando meus colegas e deixando o São Paulo mais forte.
Substituto de Luiz Araújo
Pode ser, pela cabeça do torcedor. Mas, na minha, não. Não venho com esse status. Venho para ajudar o São Paulo. Não exatamente para substituir o Luiz, que é um grande jogador. É complicado falar assim. Quero fazer a minha história, ficar marcado aqui.
Pratto
Falar de Pratto não tem como. É um cara que se doa nos treinos e jogos, é um companheiro muito bom, inteligente para jogar. Gosto muito dele fora de campo. Temos tudo para fazer um bom dueto. Mas o São Paulo inteiro é um grande time. Vim para ganhar títulos. Não vim só pelo Pratto. Mas é um artilheiro e espero que faça muitos gols.
Novos ares
Todo jogador quer procurar seu espaço e não sou diferente. Tive alguns empecilhos no Atlético-MG, rodagem de elenco, lesões. Vim respirar novos ares. Não que eu não era alegre lá, mas quero recuperar alegria aqui.
Pintado
Pintado é um pai que tenho no futebol. Trabalhei com ele no Atlético Sorocaba. É íntegro, ninguém fala mal dele, só isso mostra o caráter dele.
Tatuagem
Tatuagem é um hobby que tenho, tatuei o Mickey porque é um personagem que gosto, ainda mais por causa das minhas filhas.
Autocrítica
A minha autocrítica é muito forte. Sei que não venho jogando o que posso. Dou meu melhor, amas, às vezes, as coisas não acontecem. Mas tenho de provar, principalmente, para mim. Sei das pessoas que acreditam em mim. Se as coisas acontecerem naturalmente, dará tudo muito certo.
Mago
Mago começou na minha estreia no Botafogo, fiz dois gols e torcedores me rotularam como Mago. Mas não me considero Mago, é uma responsabilidade muito grande. Só que é um apelido carinhoso que me deram.